Reportagem: Commonplaces [Mercado Negro – Aveiro]

Reportagem: Commonplaces [Mercado Negro – Aveiro]

| Outubro 18, 2014 11:56 am

Reportagem: Commonplaces [Mercado Negro – Aveiro]

| Outubro 18, 2014 11:56 am

Voltamos à enorme Associação Cultural Mercado Negro desta vez para o primeiro concerto dos espanhóis Commonplaces em território nacional, em Aveiro, para assistir à apresentação do seu mais recente trabalho de estúdio Catch It There, editado a 4 de Janeiro do presente ano. A banda regressou  assim, depois da presença em Janeiro, no mesmo local, com os seus cinco membros num concerto que prometia agudizar os ouvidos mais sensíveis de quem presenciou tal acontecimento.


Sem grandes apresentações iniciais a banda entrou em palco, agarrou nos respectivos instrumentos e começou a tocar. Depois de cerca de 10 minutos a dar um espectáculo de guitarras e pedais com uma percussão bastante astuta, o público reagiu com palmas bastante pertinentes que se denotaram nos sorrisos dos membros da banda, com “Obrigado” em espanhol. Poucas palavras depois a banda começou a tocar “Achilles Heals”. Após o término da música o teclista Koe Casas apresentou a banda com um sorriso rasgado e um agradecimento dedicado ao dono do Mercado Negro, não só por os acolher desde o início, mas por manter vivo um espaço cultural tão bonito como é todo o edifício que alberga não só café, como sala de concertos.


“Elephants To Come” abriu assim já numa sala bastante quente, não só pelos incansáveis movimentos dos músicos de um lado do palco para o outro, mas também porque o som ecoava forte na sala e  não deixava as pessoas indiferentes a algum movimento, não só com a cabeça, mas mesmo no corpo. Por entre os acordes, “pond puod” ajudava à festa. Outro factor importante de denotar ao longo do concerto foi a massiva utilização de pedais, facto não só por se tratarem de três guitarristas, mas também factor importante na criação da atmosfera cósmica e bastante sonora que se fez sentir ao longo de cerca de uma hora de duração do concerto.

Por entre “Caréntesis” E “Grand Format” as palavras entre público e banda foram poucas, à semelhança da setlist que foi também ela pequena, no entanto bastante agradável. A banda despediu-se assim com uma última música que acabou por sofrer o formato duplo no seu fim, após o público se mostrar agradado com o que ouvira até ali. Foi um regresso interessante da banda de post-rock instrumental, mas que pecou um pouco por se ter tornado, de certa forma, monótono. 



Texto: Sónia Felizardo
Fotografia: João Peça e Sónia Felizardo

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