Jimmy Whispers
Summer In Pain

| Março 5, 2015 8:17 pm
Summer In Pain // Field Mates/Moniker Records // Março de 2015
6.6/10

Jimmy Whispers apresenta-se em formato longa metragem com Summer In Pain, o seu primeiro trabalho de estúdio, que começa agora a emergir na imprensa musical. Antes de partir para a análise do trabalho em si, sobre este, Jimmy Whispers avançou, em nota de imprensa: 

“Summer In Pain, I cannot explain. There was so much more beneath the surface than the pain I was romanticizing. The world is ending and I am dying and this is really happening. This moment is the closest we have ever been to the future. There are things I will never understand but I hear a heartbeat crying out through the distortion in this burnt out fucked up universe and I can feel it. This is our summer in hell together! This ain’t no Toys R’Us cuz Jimmy don’t play so get the fuck out of the kiddie pool. This is apocalyptic love sickness.”



E é um avanço do que é de facto Summer In Pain na íntegra e descrito pelo próprio Jimmy no início de “Heartbeat”, a nota de fecho deste primeiro álbum de estúdio. Sem rodeios, este é um dos álbuns com uma das sonoridades mais “fofinhas” que por aqui passou, embora se tenha ficado apenas por aqui. Nas suas constantes reproduções este trabalho traz tamanhas semelhanças para com os trabalhos típicos de Daniel Johnston, apesar de Jimmy Whispers mostrar algo seu ao transformar uma das sonoridades mais básicas e simples, através de um órgão eléctrico, numa mensagem de voz que é o retrato de todo o Summer In Pain

Após uma curta “Intro” é em “Love You” que se começa a descrever a ideia anteriormente avançada. A qualidade de gravação do álbum traz o selo de low fidelity e Whispers susurra “I Love You” uma mão cheia de vezes antes de partir para férias. O clima é de amor, mas um amor doloroso, sentido em pleno Verão. Há bons singles para ouvir e relembrar como “Michael Don’t Cry” e o mais recente lançado “Keeping Me High”, mas há igualmente singles que vêm a sua beleza desvanecer-se nas audições em loop como “Vacation”  e “Heart Don’t Know”.

Em suma, o presente álbum de estreia, do músico de Chicago, é uma lufada de ar fresco para a imprensa, pelo facto de trazer algo de novo nos últimos cinco anos, mas esse factor acaba por não ser suficiente para fazer de Summer In Pain um dos melhores álbuns do ano. Um exemplo completamente visível encontra-se em “Heartbeat”, já referida anteriormente. Os seus primeiros segundos automaticamente nos encaminham para um Daniel Jonhston nos anos 80 e o mesmo repete-se na audição repetida do álbum, aqui em análise. Outro exemplo, encontra-se na semelhança de tons entre as notas musicais das suas dez canções. Embora essa lufada de ar fresco tenha tido um impacto crucial nas primeiras audições, as posteriores foram perdendo a magia.
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