Witchcraft
Nucleus

| Janeiro 31, 2016 8:23 pm



Nucleus // Nuclear Blast // Janeiro 2016

8.0/10

Começar 2016 a ouvir Nucleus dos suecos Witchcraft
foi das melhores decisões que tomei em toda a minha vida.
Não tinha grandes expectativas em relação ao
álbum, apesar de ser um grande fã da banda. Os singles lançados deixaram-me
algo céptico e o álbum lançado pela “banda irmã”, Graveyard, no ano passado, deixaram-me algo desapontado. Mas todas as dúvidas foram dissipadas depois de
ouvir esta obra com cerca de uma hora e meia.

Para falar sobre este novo projecto, temos de
ter em conta que os Witchcraft já não lançavam um álbum desde 2012 e que regressaram ao estúdio com uma formação nova, sendo agora constituídos não por quatro mas três membros. 
O desafio era criar um álbum onde fosse possível incorporar os elementos mais “crus” dos primeiros álbuns com um som mais moderno e trabalhado em estúdio.

Esta tentativa resultou em algo que possivelmente nem os próprios Witchcraft esperavam, sendo o produto final um álbum ousado com um psicadélico refinado e um instrumental perfeito para
servir os rituais satânicos que todos gostamos de fazer nas noites de
sexta-feira. Estas explorações psicadélicas são evidentes nas faixas mais
longas, “Nucleus” e “Breakdown” (chegam a atingir quinze minutos).
Estas são faixas que tão rápido nos transportam para os anéis de saturno como
para os portões do inferno.

Em suma, este é um álbum bastante arrojado em
que a banda consegue atingir o conceito que pretendia. Com a entrada dos novos
membros, a banda está mais forte que nunca e focada no que será, certamente, um
grande futuro.

Texto: Hugo Geada
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