Reportagem: Youthless [Maus Habitos – Porto]

Reportagem: Youthless [Maus Habitos – Porto]

| Março 20, 2016 6:58 pm

Reportagem: Youthless [Maus Habitos – Porto]

| Março 20, 2016 6:58 pm


A noite de 12 de Março, na cidade do Porto, esteve bastante bem servida de servida de concertos. Optei por começar a noite no Maus Hábitos, com o concerto dos Youthless, a banda que lançou o seu primeiro longa duração há cerca de duas semanas.

Por volta das 22 horas o maus hábitos ainda se encontrava vazio e a sala onde decorreria o espetáculo ainda não tinha aberto. 10/15 minutos depois a sala foi aberta e o público foi entrando. Pouco depois começou-se a ouvir “All Hail This Glorious No Age”, sample retirado de “Sail On”, a primeira música de This Glorious No Age, que anunciava o início do concerto ao estilo do álbum novo. Como habitual faziam-se acompanhar por Francisco Ferreira dos Capitão Fausto, a pessoa mais indicada para controlar os teclados de uma banda como esta. 

O publico encontrava-se muito tímido mas primeira música foi tocada de forma exímia e apesar de em estúdio parecer impossível de melhorar, ao vivo, prova que estávamos completamente errados. Também o primeiro interlúdio do álbum soou melhor ao vivo e chegamos assim a “Golden Spoon”, o primeiro single do álbum, talvez o tema que teve melhor recepção por parte do público na primeira parte do concerto. A esta altura qualquer dos presentes minimamente conhecedor de This Glorious No Age já tinha percebido que a banda optaria por tocar o álbum por ordem garantindo, assim, a continuidade que é possível escutar em estúdio.
Os Youthless continuavam a mostrar o seu álbum e faziam-me gostar ainda mais dele, cada música, cada interlúdio, cada pormenor. 

Foi possível perceber que muitos interlúdios foram feitos, para além de para garantir continuidade, para ser tocados ao vivo. Infelizmente o público parecia não estar a receber/perceber tão bem o concerto ou então apenas continuava tímido, não se verificava movimento algum da sua parte. Pela quarta vez ao vivo ouvi “Lightning Bolt”/”Skull and Bones” e , desta vez, foi a vez em que me soou melhor, talvez por já ter ouvido a versão de estúdio inúmeras vezes.

Após “High Places”, um dos melhores temas do disco, em vez de “Holy Ghost”, como seria esperado, disseram que não iriam tocar os dois temas que faltavam para terminar o álbum, “This Glorious No Age” e “Lucky Dragons”, perguntaram então se alguém queria ouvir uma música em específico e a resposta foi imediata “Good Hunters” mas, infelizmente, não foi possível tocarem e passaram, assim, para Telemachy e as suas primeiras faixas “The Beasts”/ “In Motion”, sendo estas melhor recebidas pelo público, o que mostrou que talvez o seu problema fosse não conhecer tão bem o álbum da banda. “Drugs” foi um ponto alto e “Monsta” que adoptou elementos de “Golden Spoon” deixou rendidos aqueles que no estavam totalmente convencidos. Para finalizar escolheram revisitar o antigo mOnSta EP com “Casper Butterflip” e pediram para abrir um circle pit ou uma Wall of Death. Optou-se por uma “Wall of Death” que acabou por se transformar num “mosh pit”, criando um momento muito divertido.

Com este concerto os Youthless mostraram que tudo o que fazem em estúdio conseguem reproduzir ao vivo e que se adaptam a qualquer sala onde toquem. Apesar de não ter superado a diversão do concerto no Plano B, durante o D’Bandada 2015, foi a vez em que tocaram melhor.


Setlist:

Sail On
Death of the Tyrannosaurus Rex
Golden Spoon
Neu Wave Suicide
Smersh
Mechanical Bride
Silver Apples
Attention
Pale Horse and Rider
Lightning Bolt
Skull and Bones
Black Keys White Lights
High Places
The Beasts 
In Motion
Drugs
Monsta
Casper Butterflip

Texto: Francisco Lobo de Ávila
Fotografia: Paulo Homem de Melo/ Glam Magazine

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