Reportagem: Sallim [Casa da Cultura, Setúbal]

| Setembro 25, 2016 2:09 pm
No passado sábado, 24 de setembro, fomos até à Casa da Cultura em Setúbal para mais um concerto pela mão da Experimentáculo Associação. Tratou-se do concerto de Sallim, a doce cantora da Cafetra Records que detém um dos melhores discos produzidos este ano em Portugal. Sim, estamos a falar de Isula.

A noite estava calma como Setúbal nos habitua e viam-se poucas ou nenhumas pessoas na praça principal da cidade. Seguimos até à Casa da Cultura para levantar os nossos bilhetes e a calma manteve-se. Esperava-se um concerto à medida da noite também. Faltavam apenas uns meros 15 minutos quando chegamos. O momento da verdade tinha chegado, íamos ouvir Sallim ao vivo.

A Sala José Afonso apresentava-se como é costume para concertos. Apenas palco e cadeiras na sala, muita luz a dar um ar mais “dreamy” ou “sweet” à cena. Batiam as 22 horas e o concerto ia começar. 

Sallim apresenta-se e começa a tocar. Aí começou o turbilhão de emoções dentro de cada pessoa na sala. Ouvia-se com atenção, os poucos mas bons que estavam presentes. Era como se Sallim tivesse feito uma sessão privada para mostrar as suas malhas aos amigos e conhecidos. 

Na segunda música cai tudo. Começa a cantar “Deserto” e aí o concerto ganha uma nova dinâmica. É capaz de ser das músicas mais conhecidas da artista, daí que se viam pessoas a sussurrar a letra em tom de acompanhamento à cantautora.

Sallim leva-nos a um espaço muito dela e isso é bonito isso. Faz-nos desenhar estórias com as suas letras na nossa cabeça e graças à sua guitarra sonhadora, a qual dedilha com avidez e com algum nervosismo aparente. Tem tempo de tocar músicas novas, músicas do seu EP mas sempre com destaque para Isula

Um concerto lindo desde o início ao fim, feito para os sonhadores. Outro momento é quando canta Grão a Grão” ou mesmo “Nada Igual”, que diz ter novo videoclip enquanto começa a tocar. 

Bateu tudo certo neste concerto, a voz doce a tornar a noite setubalense mais estrelada e a a lua mais brilhante, a guitarra a embalar e ainda no final do concerto a oportunidade de estar um pouco à conversa com Sallim.

Foi bonita a noite pá, fiquei contente e mais uma coisa: Sallim, quando quiseres, Setúbal pode acolher-te!
                    
                        Fotografia: Sofia Lopes
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