Reportagem: Vodafone Paredes De Coura 2014

Reportagem: Vodafone Paredes De Coura 2014

| Setembro 3, 2014 8:28 pm

Reportagem: Vodafone Paredes De Coura 2014

| Setembro 3, 2014 8:28 pm


A Threshold Magazine marcou presença
na última edição do Vodafone Paredes de Coura, mítico festival que já conta com 22 edições.

Dia 21



Na noite que deu começo ao festival,
os Cage The Elephant foram o primeiro grupo a sério a atuar, depois
da tentativa falhada de Capicua. Um concerto muito energético que
não deixou ninguém indiferente e meteu toda a gente a saltar.
Destaque para as músicas “Ain’t No Rest For The Wicked” e “Come
A Little Closer”, que o público sabia de cor e salteado.





A seguir
foi a vez de Janelle Monáe subir ao palco. Apesar de não ser um tipo
de música do registo habitual de Paredes de Coura, a energia e a
atmosfera de diva da cantora fez com que o público se divertisse à
brava e que, já depois de dois encores, continuasse a pedir mais.





Dia 22
No segundo dia, chegámos mesmo a tempo
de ver Seasick Steve, e ainda bem. Com uma energia electrizante, o
norte-americano de 73 anos fez com que o público desse tudo.
Contámos mais de 90 crowdsurfers durante o concerto.




Pouco tempo depois, foi a vez de Mac
DeMarco subir ao palco principal. O canadiano tocou principalmente
músicas do seu último album, “Salad Days”, mas as canções
melhor recebidas pelo público foram temas de “2”, como “Ode To
Viceroy” e “Freaking Out The Neighborhood”. O concerto acabou
com Mac a fazer crowdsurf durante a música “Still Together”.



A seguir foi tempo de ir até ao palco
secundário ver os monstros do garage-rock actual, os Thee Oh Sees,
que já tinham começado a tocar. Tocando malha atrás de malha, os
californianos deram o melhor concerto do festival e o público
respondeu como deve ser, com um moche que só terminou no fim do
concerto. Depois deste concerto fenomenal, Chrvches e Franz Ferdinand
souberam a pouco.




Dia 23

No terceiro dia chegámos ao festival
já durante Linda Martini. Infelizmente não conseguimos ver
Killimanjaro, por isso contentámo-nos pelo que conseguimos ouvir no
campismo. Como o concerto de Linda Martini não estava a ser nada de
especial, dirigimo-nos ao palco secundário para ver os Yuck. Os
londrinos deram um bom concerto, tocando músicas dos dois álbuns
que já lançaram e até houve espaço para uma cover de “Age of
Consent” dos New Order.
De seguida descemos até ao palco
principal, para ver os Black Lips. Mal os “bad kids” subiram ao
palco, o público foi ao rubro, e mal se ouviu a primeira nota da
“Sea of Blasphemy” toda a gente começou a dançar como se não
houvesse amanhã. O concerto terminou com “Bad Kids”, o maior
êxito da banda.






Às 02h00 subiram ao palco Vodafone os
Cheatahs. Apesar de grande parte das músicas da banda soarem a um
déjà-vu (ou neste caso déjà-entendu), deram um concerto razoável.







Dia 24



No último dia do festival, fomos até
ao Penedo das Vistas, para ver os The Growlers tocarem no quadro da
Vodafone Music Sessions. O surf rock dos californianos funcionou
perfeitamente naquele espaço e toda a gente saiu de lá com um
sorriso na cara.






Quando chegámos ao recinto já se
ouvia a “Wakin’ On A Pretty Day” de Kurt Vile. O ex-guitarrista
dos The War on Drugs deliciou-nos com músicas que parecem ter sido
escritas para serem tocadas em Paredes de Coura.





De seguida foram os The Growlers a
subir ao palco, e mesmo tocando num ambiente muito menos intimista do
que no mini-concerto no Penedo das Vistas, a banda não desiludiu.






Às 22h20, os Goat, que entrevistámos antes do festival, subiram ao palco Vodafone. A banda sueca deu um
dos melhores concertos desta edição do festival, combinando muito
bem a sua música psicadélica com todo o show visual. Uma autêntica
festa.








Quando chegámos ao palco principal os
Beirut já estavam a atuar. A banda de Zach Condon talvez tivesse
sido beneficiada se tivesse tocado ao fim da tarde, mas àquela hora
tornou-se num concerto super aborrecido muito rapidamente.






O último a atuar no palco principal
foi James Blake. Com uma setlist bem variada, composta não só por
temas dos seus dois álbuns, como também por músicas dos EP’s, o
britânico meteu toda a gente em trance.






E pronto, é assim o “Paredes”,
ou simplesmente, “Coura”, como lhe chamam de norte a sul. O
rio vai lá estar à espera do ano que vem, que se regresse para mais
um conjunto de dias épicos. Boa música, e um excelente ambiente, é
tudo o que Paredes de Coura oferece, ano após ano.






Texto: Helder Lemos
Fotografia: Hugo Lima
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