Reportagem: Swans [Fri-Son – Suíça]

Reportagem: Swans [Fri-Son – Suíça]

| Outubro 12, 2014 9:19 pm

Reportagem: Swans [Fri-Son – Suíça]

| Outubro 12, 2014 9:19 pm

Depois de ter visto Swans no Primavera 2013, fui revê-los no passado dia 7 ao Fri-Son, na Suíça. A banda anda em tour a promover o novo álbum “To Be Kind” (embora só toquem duas músicas do mesmo), um dos melhores do ano, com Pharmakon a abrir para eles.

 


Apesar de Pharmakon ter subido ao palco com uns 20 minutos de atraso, a sala ainda estava pouco cheia, e a pouca gente que já tinha chegado estava longe do palco, o que fez com que Margaret Chardiet descesse do palco para vir gritar as letras das duas ou três músicas que tocou na nossa cara. Um bom concerto da jovem americana que só peca por ter sido demasiado curto.
 Por volta das 22h, Thor Harris subiu ao palco para dar ínicio a “Frankie M”, música que fará provavelmente parte do próximo álbum da banda. Depois de uma longa introdução de mais ou menos 10 minutos, o resto da banda sobe ao palco para dar continuação à musica. “Heroin, opium, Frankie M” são as palavras que Michael Gira vai repetindo por cima dos dois acordes do tema. De repente, quando ninguém o esperava, a música rebenta e o público começa a fazer headbang sincronizado, com algumas pessoas a tentar criar moche.

Depois foi a vez de meterem toda a gente a bater o pé ao ritmo da linha de baixo “A Little God In My Hands”, música do mais recente álbum da banda. A seguir tocaram uma versão diferente de “The Apostate”, música que se encontra no álbum de 2012, “The Seer”, na qual Michael Gira pôde mostrar os seus moves de dança à la Ian Curtis.

De seguida tocaram mais uma música nova, chamada “Don’t Go”, seguida de “Bring The Sun”. A música foi crescendo até explodir e causar um caos completo em toda a sala.


Com um set de mais de duas horas, os Swans provaram o porquê de serem uma banda de culto. Um concerto agressivo sem regras nenhumas, que tanto podia repetir o mesmo acorde durante 5 ou 10 minutos como de repente explodir e criar um muro de som capaz de rebentar com os nossos tímpanos. Sem dúvida dos melhores concertos do ano.

Texto: Helder Lemos
Fotografia: Jeremy Küng

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