Em Entrevista: Lydia’s Sleep

Em Entrevista: Lydia’s Sleep

| Dezembro 6, 2014 1:36 pm

Em Entrevista: Lydia’s Sleep

| Dezembro 6, 2014 1:36 pm


Formados por membros provenientes das duas margens do Rio Tejo, os Lydia’s Sleep exploram sonoridades, criam mistérios e deixam qualquer pessoa arrebatada com o seu álbum de estreia, If You Travel Enough Through Time Somebody Will Eventually Get Old . A Threshold Magazine esteve à conversa com estes senhores do Meth-Rock para nos elucidarem sobre este primeiro longa-duração :

Threshold Magazine –  Como surgiu o projecto Lydia’s Sleep?

Lydia’s Sleep – Tudo aconteceu na Serra da Arrábida, local onde três amigos intitulados chaosledtoquiet ensaiavam. Juntaram-se mais dois e nasceu Lydia’s Sleep. Entretanto saiu um e depois outro, e entrou outro ainda, só para não acharem que fizemos mal as contas.


TM  – O que nos podem dizer sobre o vosso processo criativo? Como é que as canções aparecem, se são mais trabalhadas ou se resultam de algo mais espontâneo?

Lydia’s Sleep – A maior parte das bases das músicas vêm de riffs de guitarra e ritmos de bateria em jams que fazemos durante os ensaios, ou outras ideias que trazemos de casa. Depois é corte e costura e até estarmos satisfeitos com uma estrutura rítmica e melódica das várias ideias e definir quais são quando, quantas vezes e com que dinâmicas até formar algo onde se encaixem vozes e/ou outros arranjos.


TM – Quais foram os  artistas que mais vos influenciaram no vosso trajecto?

Lydia’s Sleep – As nossas influências vão do mais erudito ao mais popular, dentro dos quais uma vasta escolha de estilos diferentes de membro para membro ainda que com alguns em comum, o que torna completamente obsoleta uma lista de nomes concretos. Se alguns artistas vos suscitarem ao ouvirem as músicas é porque provavelmente, directa ou indirectamente, nos influenciaram de algum modo, mas acho que o grande foco, são os que nos estão mais próximos e com que já partilhámos palcos e situações ou com quem trabalhámos, bandas de amigos e de conhecidos, bandas que como nós se querem exprimir através do que fazem musicalmente.


TM – Sou do tempo onde vos vi ganhar o 7.º Concurso de Bandas de Garagem de Setúbal. O que mudou na banda e para a banda desde aí?

Lydia’s Sleep – Mudou muita coisa, membros trocaram, ideias foram, ideias vieram, acidentes aconteceram, benesses também, mas o núcleo manteve-se.


TM – Recentemente lançaram o vosso primeiro longa duração If You Travel Enough Through Time Somebody Will Eventually Get Old. Como o descreveriam?

Lydia’s Sleep – Vou transcrever a tagline do presskit porque acho que descreve relativamente bem a coisa: Durante os dois anos que se seguiram ao lançamento do primeiro EP, Wires, os Lydia’s Sleep, sofreram transformações, os seus elementos viveram factos e ficções, que abraçaram, e partilharam, deixando marcas aqui e ali. Essas marcas podem ser ouvidas uma por uma em cada música deste álbum.
If You Travel Enough Through Time Somebody Will Eventually Get Old, é precisamente isso. Uma narrativa musical onde o sci-fi e a espiritualidade se entrelaçam por analogias e trocadilhos para dar origem a uma epopeia de extrapolações emocionais de um conjunto de amigos influenciados pelo mundo dentro e fora deles.


TM – “Isabellism” é o primeiro single retirado do vosso LP. Porquê este tema?

Lydia’s Sleep – Talvez por ser um dos temas que representa tanto os momentos mais calmos e progressivos dos disco como o seu lado mais agressivo e eléctrico, e faz também a uma espécie de ponte entre a sonoridade do Wires e do novo disco.
Além disso fala de pinguins, e toda a gente adora pinguins.


TM – Um dos temas mais curiosos é “Looping Hypocrite”. Podem contar-nos como surgiu a ideia para desenvolver esse tema? 

Lydia’s Sleep – Acho super curioso que aches o tema curioso! ahaha… A “Looping Hypocrite” é dos temas mais crus e directos do álbum, mas apesar da situação ser bastante explícita, a temática por trás é sobre a incessante procura de respostas a questões que conhecemos bem mas não queremos admitir, ou sabemos que essas perguntas não têm respostas mas insistimos em procurá-las na mesma. Isto pode tornar-se bastante problemático, principalmente em relações de grande intimidade, como o caso descrito na música.


TM – Têm uma “mini-tour” de apresentação agendada com os Surveillance nos próximos tempos. O que esperar destes concertos?

Lydia’s Sleep – Jarda e amor. Distribuímos abraços e beijos, ao mesmo tempo partimos cabeças e bocas. Ah! e temos uns totebags em conjunto com a edição física do disco e uma impressão do artwork em 30×30!


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