Reportagem: William Basinski [MusicBox, Lisboa]

| Setembro 20, 2015 11:12 pm

Na passada sexta-feira, dia 18, fomos até ao MusicBox, Lisboa, para assistir a um dos dois concertos que o norte-americano William Basinski deu no nosso país, tendo passado também pelo Amplifest, no dia 19. O produtor, que veio apresentar os seu mais recentes Cascade e Deluge, editados em Abril e Agosto deste ano pela sua editora 2062 Records, respectivamente, é responsável por uma das maiores obras-primas da música electrónica ambiental. Estamos pois a falar de Disintegration Loopsobra produzida unicamente pela manipualação de fitas áudio em contínua degradação, concidindo a sua gravação com os ataques de 11 de Setembro ao World Trade Center.

Chegámos ao MusicBox às 23 horas em ponto, hora a que William Basinski subiu ao palco, pelo que não nos foi possível ter visto a performance de Jerome Faria. O local encontrava-se praticamente cheio para assistir a uma hora de tape-loop music.  O concerto iniciou-se com a faixa-título de Cascade, composição que se caracteriza por uma repetição delicada e minimalista de um piano abafado. À medida que música progride, esta funde-se com o nosso cérebro e as texturas tornam-se cada vez mais difíceis de distinguir, transmitindo ao mesmo tempo uma sensação de calma. Após 30 minutos, o som de Cascade desvanece-se e dá lugar a “The Deluge (The Denouement)”, onde um tema orquestral embebido em drones é gradualmente construído.





O concerto parecia estar terminado, mas o bom comportamento do público levou a que Basinski nos presenteasse com uma “sobremesa”, segundo o próprio. Estamos a falar da épica “Disintegration Loop 1.1”, a qual faz parte da série de quatro álbuns Disintegration Loops. Infelizmente só tivemos direito a 10 minutos deste loop. Assim terminou a actuação do norte-americano, que entre “You guys are so sweet” e “I love you”, pareceu bastante satisfeito com a sua performance na capital.

William Basinski @ MusicBox, Lisboa


Texto e fotografia por Rui Gameiro
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