Capitão Fausto em entrevista
Capitão Fausto em entrevista
Capitão Fausto em entrevista
Tomás Wallenstein (TW) – Normalmente acho que não nos cabe muito a nós estar a fazer uma análise de nós próprios. Acho que isso podia ser uma pergunta que eu te faria a ti ou que tu farias a um crítico. Há diferenças evidentes, por mais não seja nas escolhas sónicas, na maneira de gravar, nos tempos das canções, nos sons das guitarras… nos temas das letras um bocadinho, apesar de serem no geral uma constante, as coisas sobre as quais escrevo.
TM – O Pesar do Sol estava quase terminado em 2012, mas só foi lançado em 2014. O novo disco aproveitou muitas ideias anteriores ou foi composto quase só depois do Pesar o Sol?
TM – Há alguma música do disco que destaques, por alguma razão em especial?
TM – Como é que avalias os discos anteriores e a evolução da banda? Costumas ouvir algumas músicas antigas?
TW – Raramente ouço, sejam antigas ou novas. Já as ouvi muitas vezes, só para misturar.
TM – Esforçam-se para não repetirem a vossa sonoridade de álbum para álbum ou há uma evolução natural?
TW – Acho que é natural, ou seja, acho que existe a percepção quando começam a sair coisas de que está um bocadinho diferente e vamos agarrando algumas ideias mas é relativamente instintivo.
TM – Como é que costuma ser o vosso processo de composição?
TW – Somos os cinco em conjunto, à volta de ideias que passam a existir no momento ou que venham de antes, e a partir daí vai tudo crescendo, mas começa com os cinco.
TM – Vocês têm um EP não editado e é um bocado difícil encontrar essas músicas actualmente. Já pensaram em recolher essas e outras músicas que vão ficando para trás numa compilação ou em concertos?
TW – Talvez…não propriamente, não sentimos a necessidade disso.
TM – Antes dos Capitão Fausto a maior parte da banda tinha outro projecto, os IC19. Também tinhas alguma banda anterior?
TW – Tinha algumas. Tive algumas bandas de passagem, basicamente.
TM – Como é que os vossos outros projectos, da Cuca Monga, influenciaram a criação do novo álbum?
TW – Não sei muito bem como. Acho que o facto de nós gastarmos tempo a fazer coisas que são, à partida, diferentes do estamos habituados dá-nos uma experiência que nós não tínhamos antes, portanto hão de ter influenciado mais ou menos. Agora como, não sei.
TM – Quando surge ideia já sabes directamente se vai para um projecto ou para o outro?
TW – Sim, já sei para que banda é que vai, normalmente.
TM – Há algum género específico que tenciones explorar num projecto no futuro?
TW – Não.
TM – Vão ser acrescentados em breve projectos novos ao plantel da Cuca Monga?
TW – Não sei…é possível. É capaz de surgir aí coisas novas. Para já, nada revelável.