LCD Soundsystem – Os álbuns e o regresso a Portugal

LCD Soundsystem – Os álbuns e o regresso a Portugal

| Julho 25, 2016 11:27 pm

LCD Soundsystem – Os álbuns e o regresso a Portugal

| Julho 25, 2016 11:27 pm

Seis anos após a sua última vinda a Portugal, os LCD Soundsystem vão regressar ao nosso país como cabeças de cartaz do Vodafone Paredes de Coura, festival onde se estrearam em terras lusas, no dia 18 de Agosto de 2004. E é no dia 18 de Agosto que voltam a lá tocar, acompanhados de nomes como Sleaford Mods, Thee Oh Sees e Ryley Walker.

Vai ser a sua sexta passagem por Portugal, a primeira após a sua reunião, iniciada com uma melancólica canção de Natal, “Christmas Will Break Your Heart”. Não será ouvida no concerto, mas não vão faltar malhas dos três álbuns do projeto de James Murphy. Todos eles são dos melhores e mais marcantes discos de dance-punk já feitos.

LCD Soundsystem é o álbum homónimo lançado em 2005. Começa em grande, com “Daft Punk is Playing at My House”, canção onde não falta nada. Tem o groove, os ritmos catchy e até um solo de cowbell. Não é fácil evitar dançar logo desde o início. O álbum continua e outras músicas vão-se destacando. “Tribulations”, “Never Tired As When I’m Waking Up” e “Disco Infiltrator” são tão boas em 2016 como eram em 2005. Também não podemos ignorar o segundo disco, onde se encontram os oito minutos da sarcástica, repetitiva e minimalista “Losing My Edge”, lançada originalmente em 2002. No entanto, este álbum de estreia é provavelmente o menos bom dos três.



Foi em 2007 que saiu o mais conhecido e conceituado trabalho da banda: Sound of Silver. Mais consistente que o seu antecessor, e com canções melhores ainda, foi este o disco que confirmou o talento dos LCD. “North American Scum” é o single viciante, animado e dançável que tem um papel equivalente ao de “Daft Punk is Playing at My House”. Seria a melhor música de muitos discos de outras bandas do género, mas não estamos a falar de uma banda qualquer, e em Sound of Silver conseguem destacar-se ainda mais outras músicas. Nomeadamente, “Someone Great”, “New York I Love You, But You’re Bringing Me Down” e a incrível “All My Friends”. “Someone Great” usa de maneira excelente teclados e um xilofone para criar um instrumental repetitivo que serve de fundo às lamentações do cantor. “New York I Love You, But You’re Bringing Me Down” é uma das mais bonitas canções da banda. Começa devagar, mas culmina num espetacular clímax. “All My Friends” é, na minha opinião, a melhor música da discografia da banda. O instrumental é extremamente repetitivo, mas nunca se torna cansativo e é o acompanhamento perfeito para uma letra sobre festas, o avançar da vida e amizades.



This Is Happening, de 2010, é, para já, o álbum de estúdio mais recente. “Dance Yrself Clean” marca o início da festa quando entram os teclados, três minutos após o começo da canção. Festa essa que só acaba quando o disco pára de tocar. Pelo meio há “Drunk Girls”, para pôr o ouvinte a dar tudo, “All I Want”, “I Can Change”, malha synth pop que integra a banda sonora do FIFA 11, e “You Wanted a Hit”.


Hits não vão faltar daqui a menos de um mês, quando celebrarmos em conjunto todas estas músicas no que será provavelmente um concerto inesquecível, um dos melhores do festival e do ano em Portugal. E novos hits não vão faltar quando o novo álbum da banda sair, ainda este ano. Podem não ter desaparecido por muito tempo, mas os LCD Soundsystem já cá faziam falta. 
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