Festival Vilar de Mouros: Bandas a não perder #2

| Agosto 16, 2016 10:44 pm
O Festival Vilar de Mouros celebra em 2016 o seu 50º aniversário, confirmando o estatuto do mais antigo festival de música que se realiza no nosso país. Também conhecido por Woodstock Português, por lá já passaram nomes incontornáveis do mundo da música como U2, PJ Harvey, Sonic Youth, Beck, Stone Roses, Bob Dylan, Neil Young, Iggy Pop, entre muitos outros. De 25 a 27 de Agosto todos os caminhos apontam a Vilar de Mouros e nós deixamos aqui as nossas sugestões.
Happy Mondays – 25 de agosto

Aqueles que viram o filme “24 Hour Party People” sabem bem de quem se trata quando falamos dos Happy Mondays. Pioneiros do movimento Madchester, a banda de Manchester formada por Shaun e Paul Ryder, Mark Day, Paul Davis, Gary Whelan e o caricato Bez, marcou uma era importante da cena musical britânica, associando-se à cultura rave. Com uma sonoridade que mistura elementos do indie pop com acid house, krautrock, funk e alguma soul, influenciaram bandas como os Primal Scream ou Stone Roses

Em 1990 editaram pela mítica Factory Records a sua maior obra, Pills ‘n’ Thrills and Bellyaches, álbum que chegou a platina no Reino Unido. É impossível ficar quieto ao som de “Step On” e “Kinky Afro”. Os anos que se seguiram foram conturbados para a banda, com trabalhos menos conseguidos, separando-se e reunindo-se algumas vezes nos últimos 20 anos. Em Vilar de Mouros esperamos que o espírito das noites da Hacienda, discoteca icónica do Madchester, esteja presente para dançarmos desenfreadamente.



Peter Murphy – 25 de agosto


Considerado por alguns como o padrinho do gótico, todos conhecem Peter Murphy como o vocalista e líder dos Bauhaus, banda de post-punk e gothic rock muito influente no início dos anos 80, responsável por álbuns como o mítico In the Flat Field(1980). 5 anos de atividade e os Bauhaus acabaram, tendo Peter entrado num projeto chamado, Dali’s Car, com Mick Karn, ex-membro dos Japan. Também não resultou, e Murphy decidiu seguir uma carreira a solo, enveredando por caminhos mais rock. 

Da sua discografia podem-se destacar álbuns como Love Hysteria(1988), onde se podem ouvir singles como “All Night Long” e “Indigo Eyes”, e Deep(1990), álbum em que Murphy regressou a uma sonoridade mais negra e agressiva, mais característica dos seus Bauhaus. Nele podem ouvir single como “Strange Kind of Love” e “Cuts You Up”. O artista vai regressar a Vilar de Mouros, onde já atuou em 2005, trazendo na bagagem o mais recente disco, Lion, editado em 2014. Esperam-se também temas de Bauhaus para nos sentirmos um pouco mais perto da História do Gothic rock.




Orchestral Manoeuvres in the Dark (OMD) – 26 de agosto


Formados em 1978, os britânicos Orchestral Manoeuvres in the Dark são (atualmente) um quarteto que ainda vai lançando discos com alguma
regularidade, tendo o mais recente, English Electric, saído em 2013. São
principalmente conhecidos e aclamados pelos seus trabalhos feitos nos anos 80,
como o álbum Architecture & Morality e o single “Enola Gay”.

No seu auge,
os OMD foram uma banda inovadora e influente que explorou várias sonoridades
dentro do synth pop. Tanto compuseram excelentes singles pop com melodias
catchy como “Souvenir” e “Enola Gay”, como fizeram músicas menos acessíveis
como “ABC Auto-Inustry” e “Motion and Heart” que, sem vocais, podia integrar
facilmente a banda sonora de vários jogos retro. 

Também são os autores de
Dazzle Ships, um álbum experimental que aborda temas como a Guerra Fria e a
tecnologia. Em Vilar de Mouros vão muito provavelmente apresentar canções de
quase todos os seus álbuns, como numa coletânea com os pontos altos de cada
fase da sua carreira, no que será um dos concertos mais esperados do festival.
FacebookTwitter