Concertos que devem espreitar no Jameson Urban Routes #1

| Outubro 15, 2016 1:09 am
O Jameson Urban Routes (JUR) faz 10 anos e para celebrar a sua décima edição volta a apostar num cartaz com nomes muito interessantes. São ao todo 16 sessões de concertos que decorrem de 24 a 30 de outubro, em que o maior destaque vai para as atuações de Wild Beasts (Sessão esgotada), 65daysofstaticMykki BlancoSensible SoccersLiima, Teebs, entre outros. Fiquem aqui com as nossas escolhas para esta semana de concertos que vai invadir o Musicbox Lisboa.

Live Low – SESSÃO 2 . Terça, 25 de Outubro . 21h00


Live Low é o projecto de Pedro Augusto. Até então conhecido pelos trabalhos desenvolvidos sobre o pseudónimo Ghuna X — o seu alter-ego dedicado à exploração das sonoridades mais puras e ruidosas do hip hop — e por alguns projectos realizados na área das bandas sonoras e das instalações. Figura incontornável da electrónica portuense vira-se agora para o cancioneiro nacional para lhe dar uma nova abordagem acompanhado pela turca Ece Canli e pelos músicos Miguel Ramos e Pedro Augusto.

É com dois anos de maturação, troca de ideias e trabalho que Live Low se estreia, finalmente, no formato longa-duração, em mais uma edição com a chancela Lovers & Lollypops. Toada, o novo registo do agora quarteto, revitaliza um cancioneiro do folclore português com base nos ritmos do trabalho que essas canções aliviavam, reinterpretando-o e reconstruindo-o com as composições e timbres complexos da música electrónica.





Gold Panda – SESSÃO 3 . Quarta, 26 de Outubro . 21h00

Gold Panda é um produtor britânico de Londres que se estreou em 2010 com Lucky Shinner e o seu vibrante single “You”, que ainda hoje faz mexer muitas pessoas nas pistas de dança por esse mundo fora. A sua sonoridade combina IDM e microhouse com alguma estética oriental influenciada pelos tempos em que viveu no Japão. 

Curiosamente, Good Luck And Do Your Best é também influenciado pelo Japão, mais propriamente sobre as viagens que realizou há 2 anos atrás com a fotografa Laura Lewis, com o objectivo de recolher imagens e gravações de campo supostos de fazerem parte de um documentário, o qual acabou por não surgir. 

Surgiu assim um álbum de 11 músicas de ambiente mais sereno, minimal, atmosférica, orgânico e exuberante inspirado nas fotografias que Laura tirou, nas suas cores e experiências retratadas. Este álbum surge mais na senda de Lucky Shinner, mais alegre e menos dançável que Half of Where You Live. Aconselhado a quem gosta de Four Tet e John Talabot.


65daysofstatic – SESSÃO 4 . Quinta, 27 de Outubro 21h00


Formados em 2001, os 65daysofstatic são um quarteto inglês
que junta o pós-rock, onde tipicamente se destacam instrumentos como guitarra e
baixo, à música electrónica. O uso de drum machines e sintetizadores diferencia
a sonoridade da banda e distingue-a dos outros artistas do género.

Mais conhecidos por álbuns como The Fall of Math e One Time
for All Time
, foram também os autores de uma banda sonora alternativa para o
filme Silent Running, de 1972 e trabalharam em diferentes projetos, como por
exemplo uma instalação audiovisual para o festival Tramlines. Este ano lançaram
mais uma banda sonora, desta vez para o videojogo No Man’s Sky, na qual fizeram
um excelente trabalho. Parte do seu sucesso deriva dos seus aclamados
concertos. Já tocaram por todo e mundo e fizeram uma digressão com os The Cure.
Dia 27 não vão faltar crescendos épicos e atmosferas calmas e
envolventes.



The Comet is Coming – SESSÃO 9 . Sexta, 28 de Outubro 21h00


Não sabemos muito bem o que é, só sabemos que é bom.

Esta banda que vem de Londres, depois de ter lançado o seu primeiro EP, Prophecy, em 2015, decidiu este ano lançar o seu primeiro disco de longa duração, Channel the Spirits. Pode gabar-se de ter disputado o Mercury Prize (prémio entregue ao melhor álbum gravado no Reino Unido e na Irlanda) com nomes como David Bowie, Radiohead, Savages e Skepta (vencedor do prémio). Vêm agora mostrar ao povo lusitano o porquê de tanto clamor.

A banda constituída por Danalogue The Conqueror, Betamax Killer e King Shabaka apresenta uma sonoridade constituída por uma salada de fruta com uma diversidade enorme de sabores à disposição, desde jazz, electrónica, funk e rock psicadélico. A imaginária que provem da sua música é inspirada no espaço e na ficção científica mas sem esquecer os ritmos mais alegres e quentes do planeta terra, que certamente vão fazer todos os corpos abanaram-se e a plateia transformar-se numa pista de dança.

Todas as informações adicionais poderão ser consultadas no site oficial.

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