Los Wilds em entrevista: “A nossa grande preocupação é tocar e divertir-nos ao máximo”

Los Wilds em entrevista: “A nossa grande preocupação é tocar e divertir-nos ao máximo”

| Novembro 16, 2016 5:48 pm

Los Wilds em entrevista: “A nossa grande preocupação é tocar e divertir-nos ao máximo”

| Novembro 16, 2016 5:48 pm

Os Los Wilds são um quarteto espanhol, oriundo de Madrid, que vai passar pela próxima edição do Black Bass – Évora Fest, mais especificamente no dia 19 de novembro. Os garageiros falaram connosco via mail a propósito da sua estreia em Portugal. Vão atuar primeiro no Lounge (Lisboa) e no a seguir vão até Évora. Vejam aqui o resultado da nossa conversa com os Los Wilds
Threshold Magazine (TM) – Pergunta para quebrar o gelo: Como surgem Los Wilds?

Los Wilds – A ideia de formar Los Wilds aparece em Barcelona, quando o Daniel (guitarrista e vocalista) e o Fidel (guitarrista e vocalista) se encontraram num ‘inferninho’ destes da vida. Depois de estarem completamente cegos, eles tiveram a ideia de formar um grupo de garage, que fosse muito selvagem nos seus concertos. Faltava atitude nas bandas, e Los Wilds mudou tudo.

Depois de um tempo, o Daniel mudou-se para Madrid. E não demorou muito para que o Fidel também seguisse o mesmo caminho. O projeto de formar a banda seguiu em frente.

Encontramos o Rafa (baixista e vocalista) através de um anúncio que colocámos – ele foi o único que respondeu. O Rafa rapidamente se tornou no nosso mestre. E por último – depois de muitos bateristas que não tiveram a paciência de nos aguentar a todos, encontrámos o Fabiano Rosa (bateria, gritos, brasileño). Um achado através de uma amiga em comum da banda.

TM – O vosso som não foge à nova “cena” do rock espanhol. The Parrots como exemplo, a banda que anda a dar que falar também. Como explicam esta nova onda em Espanha?

Los Wilds – Levámos muito tempo a ouvir garage e a tocar garage noutras bandas, e com certeza muito antes de The Parrots. The Parrots é um grupo que tem crescido muito. Talvez sejam uma das bandas mais conhecidas hoje, neste cenário. Acreditamos que Mujeres (banda de Barcelona) foram os primeiros que começaram com este garage mais moderno em Espanha. Lembro-me quando era o responsável pela Tropical Sounds (festa mais louca e cool de Barcelona no momento) e convidei-os para tocar. Acho que era o segundo concerto deles… Os Los Wilds estavam nesta festa, e foi mais ou menos onde tudo começou.

TM – Como funciona o vosso processo de criação? Costumam “jammar” ou alguém traz material e mostra aos restantes?

Los Wilds – Normalmente o processo criativo sai de uma ideia que vamos desenvolvendo nos ensaios. Temos músicas que foram feitas dentro de um barco no Mediterrâneo. Outras em pleno voo (de Mallorca a Madrid), sem dormir, depois de um concerto que não nos lembramos nada até hoje. Na verdade não existe uma regra…

TM – Na temática da criação, as vossas letras são letras de um rock n’ roll “garajero”, de vida boémia, vida da noite e diversão. Sempre foi essa impressão a mostrar? Letras descoladas de sentimentalismo mas ao mesmo tempo com aqueles clichês amorosos?

Los Wilds – De uma banda que se chama Los Wilds, não podemos esperar letras de amor… Mas isso não significa que não somos românticos. As nossas letras falam de noites muito loucas, lobisomens, drogas, experiências raras (viajem de Vancouver a NY), algo pervertido… Tudo muito saudável e familiar.

TM – Sendo patrocinados pela Fred Perry, querem demonstrar um pouco do espírito “mod” britânico ou é apenas algo que vos adereça e pouco mais?

Los Wilds – Se comparado a música que fazemos, não tem nada a ver, sendo The Jam um dos meus grupos preferidos. Sempre tivemos uma boa relação com as marcas, e elas connosco. Algumas dão-nos presentes para as fotos. Fidel tem o logo de Fred Perry tatuado. Isso para uma marca tem muito significado… ou não.
TM  – Como é ver que a malta que assiste aos concertos está a “curtir da cena”?Como se sentem perante uma sala cheia?

Los Wilds – Os nossos concertos costumam ser verdadeiras festas. A nossa grande preocupação é tocar e divertir-nos ao máximo, e o publico nota que isso é real. Literalmente ficamos loucos no palco, e também fora dele.
TM – O que esperam de Portugal? Alguma vez tocaram cá?

Los Wilds – Infelizmente ainda não tocámos em Portugal, e por isso vamos com muita vontade… Vai ser muito bom poder apresentar o nosso próximo single, “No me toques Mama” e “El hombre lobo”, que sai em setembro.

TM – O que têm ouvido recentemente?

Los Wilds – Ouvimos muitas coisas variadas: Tall Juan, Acid Baby Jesus, Fat White Family, New York Dolls. Gostamos muito de um grupo espanhol chamado Los Bengala – Demos um concerto com eles em Barcelona e foi uma puta loucura. Outra banda que gostamos bastante são Los Vinagres de Madrid e Los Nastys.

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