Marissa Nadler, Joanna Gruesome, Parquet Courts, Edward Sharpe and the Magnetic Zeros e Underworld lançaram, no decorrer da semana, trabalhos audiovisuais para promoção dos novos discos. Os respetivos vídeos podem ser vistos abaixo. 1 - Marissa Nadler - "Janie In Love"
2 - Joanna Gruesome - "Pretty Fucking Sick of it All"
3 - Parquet Courts - "Human Performance"
4 - Edward Sharpe and the Magnetic Zeros - "Wake Up The Sun"
Tundra Fault, projeto a solo de Miguel De, está de regresso com novo EP - Coherent Groundworks - o primeiro trabalho desde "Mantra", single editado em dezembro do passado ano e sucessor de Seismic EP. Coherent Groundworks funciona como um prelúdio ao segundo álbum do produtor, mostrando Tundra Fault em modo exploratório através da redução das baterias ao mínimo em favor da experimentação de ambiências sonoras.
Estas quatro músicas são o trabalho de base para quatro das músicas que vão estar presentes no próximo disco de Tundra Fault ainda sem qualquer data de lançamento divulgada.Como ponto de avanço segue o single "Of Yore" com direito a trabalho audiovisual, a ver abaixo. Coherent Groundworks foi editado a 1 de julho e pode ser ouvido na íntegra via bandcamp.
Coherent Groundworks Tracklist: 1 - Doubt 2 - Ode To Neptune I 3 - Ode To Neptune II 4 - Of Yore
Evocando em partes iguais a espiritualidade de Don Cherry e a intimidade psicadélica de Ry Cooder, Red Railbus Sessions é um momento de escape feliz e sereno, que chega a ser desarmante pela simplicidade que transparece ao longo de trinta minutos.
Composto por quatro temas que cristalizam um diálogo honesto entre Berlau & AM Ramos, Red Railbus Sessions foi gravado em maio de 2016 no Barreiro numa sala cedida pela ADAO - Associação Desenvolvimento Artes e Ofícios. O disco, de curta duração, encontra-se já disponível para audição gratuita na íntegra via bandcamp da label Zigur Artists.
O festival realiza-se entre os dias 17 e 20 de Agosto na Praia Fluvial do Tabuão e os bilhetes encontram-se disponíveis nos locais habituais ao preço de 90€ (passe geral).
Agnes Obel está de regresso aos trabalhos de estúdio com "Familiar", o primeiro material inédito desde Aventine (2013). O single foi produzido e masterizado pela própria, em Berlim, nos estúdios BrandNewMusic. "Familiar" traz uma construção à base de violino, tocado por John Corban e violoncelos, por Kristina Koropecki e Charlotte Danhier, a voz é de Agnes Obel e merece comparações a nomes como Marissa Nadler, pelos ritmos e vocais hipnóticos da música. Ao alterar o tom da sua voz no coro, Obel coloca em vigor um dueto consigo mesma. O single pode ser ouvido abaixo.
Depois de dois aclamados EP's os australianos Flyying Colours anunciam agora o seu primeiro disco de estreia sob o nome Mindfullness. Formados em 2011, e desde então conhecidos pela sua sonoridade dream-world com traços do psych e shoegaze, a banda mostra agora o seu talento para unir melodias vocais a baterias e guitarras abrasivas
"It's Tomorrow Now", o primeiro single de avanço do disco, é um mimo de shoegaze a trazer a distorção e reverbs à la My Bloody Valentine. A banda esteve recentemente em tour com pinkshinyultrablast, Brian Jonestown Massacre e A Place To Bury Strangers,
Mindfullness tem data de lançamento prevista para 23 de setembro pelo selo Club AC30.
Tim Presley, mais conhecido pelo seu projeto White Fence e DRINKS - com Cate Le Bon, anunciou hoje o primeiro trabalho de estúdio para o seu novo projeto a solo de nome homónimo. The WiNK é composto por doze músicas e foi produzido por Cate Le Bon, contando com a presença de Stella Mozgawa (Warpaint).
O primeiro single de avanço, "Clue", foi igualmente disponibilizado e apresenta-se como um hit de bases garage mas totalmente diferente de tudo o que o músico havia apresentado.
The WiNK tem data de lançamento prevista para 16 de setembro via Drag City.
A promotora e selo independente Nariz Entupido vai marcar presença na edição de 2016 do Festival Silêncio que decorre em Lisboa, de 30 de junho a 3 de julho. Através das premissas "Palavra" e "Limites" a Nariz Entupido apresenta um conjunto de propostas que refletem as suas áreas de atuação e preocupações enquanto Associação Cultural: a promoção de concertos e apoio de autores nacionais, e criação de espaços de reflexão e crítica, a desenvolver num futuro próximo.
Os concertos e conversas promovidos e apoiados pela editora seguem listados abaixo.
Concertos
30 de junho | CRUA + LAmA | Djs Ana Farinha + Tiago Castro | Sabotage Club | 23h00 - Entrada Livre
01 de julho | Izzy Bunny | Palco D. Luiz | 18h30
03 de julho | Acid Acid + Violeta Azevedo e vozes de Inês Maria Meneses | Palco D. Luiz | 16h30
Conversas
01 de julho | António Brito Guterres + Fernando Cerqueira Thisco + Rui Eduardo Paes | CortoMundo | 19h30
Adam Matschulat, produtor e engenheiro de masterização, lançou esta semana o seu primeiro disco de estúdio para o seu projeto a solo, Matschulat. Ulterior, que sucede o EP Desordem, explora dinâmicas entre o eu e a condição social/existencial do ser humano, abordando temas como repressão, dissociação, solidão e vulnerabilidade. O disco é fortemente recomendado para os fãs de Puce Mary e Pan Sonic, pelo seu carácter noisy. A narrativa do álbum é bem delineada, apresentando um início brutal e explosivo que eventualmente dá lugar a um tipo de calma pós-conflito. O disco pode agora ser ouvido na íntegra abaixo, ou via bandcamp. Ulterior foi editado a 27 de junho pelo próprio selo de Adam Matschulat, a Rasterecords.
Natural Insight Ep // Creme Organization // fevereiro 2016 8.0/10
Gonçalo Salgado ou Lake Haze, como é conhecido, traz-nos mais um EP. Natural Insight Ep são 3 faixas produzidas pelo DJ lisboeta que costuma passar música em muitas das pistas de dança da capital, entre as quais o Lux Frágil ou o DAMAS.
Faz também parte da Golden Mist Records, uma editora que visa proteger e etiquetar a música electrónica produzida em Lisboa, quer ela seja mais underground ou não, com muitos outros produtores musicais nos quais se destacam RAP/RAP/RAP e também Blastah.
Nos últimos meses e ano que passou, comecei a ouvir o trabalho desta editora e de alguns destes produtores com mais atenção, um pouco por influência, um pouco por vontade própria pois era um mundo que assumia como desconhecido e posso dizer que hoje sou capaz de aconselhar muitos dos meus amigos a passarem os ouvidos quer seja por Lake Haze quer seja por outros nomes já mencionados.
Desta vez, coube à Creme Organization ser a editora deste EP que irei falar daqui em diante. Começamos com "Solar Flames", uma música com uma batida constante, sempre ritmada, um trabalho de sampling exímio e excelente que faz o aquecimento na pista de dança e nos põe logo a mexer com apenas um minuto da música decorrido, onde entram tambores como se de batidas cardíacas se tratassem.
Em seguida temos "Unknown Locations", talvez a melhor faixa deste EP. Uma autêntica obra frenética que me leva a recordar na minha cabeça as noites fora com os amigos, os afters bem passados e as pistas de dança com toda a gente a dançar ao som de algo que nos faz sentir bem, nos faz ter energia para continuar a noite que já vai longa. A faixa começa leve, devagar, mas rapidamente se transforma num turbilhão de sons de onde se retiram mais uma vez as batidas fortes com alguns toques ligeiros de sintetizador a ajudar à festa.
É um EP curto e isso é talvez o que me dá mais pena, três faixas consistentes, bem elaboradas, com influências no techno europeu, mais precisamente em algumas ramificações do underground alemão. Em alemão surge-nos também a última faixa, "Geisterbahnhofe", mais calma, com uma melodia e uma percussão harmoniosas e desta retira-se o som do que poderão ser talvez órgãos, dando um tom mais delicado a quem ouve.
A música portuguesa passa também por aqui, pela música electrónica menos conhecida mas que merece reconhecimento. A Golden Mist Records é exemplo de quem quer mostrar isso e também são exemplos disso, por exemplo, a Príncipe Discos mas com electrónica a explorar sons mais africanos.
Portanto, damos por encerrada a noite e dizemos que vale a pena explorar novos géneros e porque não começando por aqui?
Steven Wilson, o líder da banda de rock progressivo Porcupine Tree, considerado o "rei do rock progressivo" (oficializado nos Progressive Music Awards, que decorreram no ano passado em Londres) já participou em vários projectos icónicos desse mesmo estilo como King Crimson, Anathema e até Opeth, chegando mesmo a fazer uma colaboração com Mikael Âkerfeldt (vocalista de Opeth), projecto o qual, foi nomeado para um Grammy pelo seu álbum de 2012, uma das quatro nomeações na carreira de Steven Wilson.
4 1/2 é um EP que recorda aos fãs de Porcupine Tree, a fase desde o lançamento de In Absentia de 2002, e o Fear of A Blank Planet de 2007, partindo as músicas deste EP da parte mais introspectiva e crítica à sociedade do britânico.
Falando música a música: em "Book of Regrets" a letra é embelezada pela criptologia por trás da escrita de Steven Wilson, referindo-se à futilidade do arrependimento no dia-a-dia através da frase "Don't let it bring you down/Just wait 'til the morning comes", sendo que o instrumental puxa pela própria introspecção do ouvinte. Em "Year of The Plague" temos uma música puramente instrumental mas mesmo assim introspectiva, classificando esta música como uma ideal para um final de dia, e para um estado de espírito mais melancólico. Em relação a "Happiness III" considero-me um bocado repartido, mas no fundo é uma música que não inova: o instrumental não surpreende, sendo instantaneamente relacionado a Steven Wilson após os primeiros acordes, e a letra, além de bem feita, recorda demasiado os tempos de Fear of a Blank Planet, sendo mesmo assim uma crítica mais suave do que as presentes nesse álbum.
Chegando à segunda parte do EP, ouvimos a instrumental "Sunday Rain Sets In" que de certa maneira compensa pela falta de inovação da "Happiness III", misturando influência Jazz, com sopros no início e uma cacofonia organizada que aparece do nada, e surpreende no bom sentido quem tiver a ouvir o álbum pela primeira vez, tornando-se na melhor música do álbum. "Vermillioncore" é uma música instrumental que retoma a um estilo com laivos da distorção de "Deadwing" e com uma estranheza bem própria de Steven Wilson. Por fim, a música final do álbum "Don't Hate Me", brilha pela sua excelência, tanto na letra simples porém complexa, mostrando que não são precisas mil palavras para dizer de forma críptica em cinco, e no instrumental, em que Wilson pareceu conseguir incluir todas as suas influências em pouco mais de 9 minutos, característica semelhante a por exemplo "Anesthesize" uma das músicas fulcrais da sua discografia.
Resumindo, 4 1/2 é um EP que engloba várias influências da carreira de Wilson, superando o decente em termos de qualidade, em que a segunda parte supera a primeira em termos de qualidade e inovação, mas que mesmo a primeira, para um fã de rock progressivo, se isto é o pior que o autor de Blackest Eyes consegue fazer, que venha mais!
Os Giant Gutter From Outer Space lançaram este ano o seu terceiro disco de estúdio Black Bile e continuam a promover o trabalho desta feita com novo vídeo. O trabalho audiovisual foi elaborado para a faixa "Joy and Misery" e é apresentado num efeito de cinema antigo, gravado em fita e ausente de qualquer cromatismo. Na fita há uma sobreposição de filmagens antigas - retiradas do filme The Phantom Carriage (1921) - com filmagens da banda a tocar em estúdio. Black Bile foi editado a 16 de março pelos selos Sinewave Net Label, Terranean Recordings e Splitting Sounds Records. O disco pode ser ouvido na íntegra aqui.
A promotora eborense Pointlist, nossa nova parceira oficial, não baixa os braços e vai voltar para mais um mês de festas. Em julho, voltam com mais um Baile Electrónico Pointlist no Praxis Club (Évora), onde vão contar com a dupla de deejays Schmitz, no dia 2, com começo marcado por volta das 23h30. A complementar esta festa, vai haver também uma Coreto Sessions no Jardim Público, dia 16 de julho, também em Évora, onde vai haver concertos de Flak, Daily Misconceptions e um DJ set de Domingos & Cascavel.
Em baixo, seguem os concertos das bandas agenciadas pela Pointlist no mês de julho, com destaque para a estreia dos The Sunflowers e 800 Gondomar em Espanha.
800 Gondomar
1 Jul - 800 Gondomar (PT) + The Sunflowers (PT) + Los Wilds (ES) - Pretty Thing Club, El Perro De La Parte de Atras Del Coche, Madrid
Os King Khan & The Shrines, que estão actualmente em tour pelos Estados Unidos, vêm ao Musicbox Lisboa no dia 13 de outubro. A banda americana já conta com 15 anos de actuações ao vivo, e têm vindo a surpreender o público com a sua mistura rara entre R&B clássico e psicadelismo. Sem nenhum álbum ainda em vista, pelo menos que se saiba, os King Khan & The Shrines regressam assim a Lisboa para dar mais um concerto, que já se advinha frenético.
Os bilhetes vão ter o custo de 12 euros, e estão à venda nos locais habituais.
Losange é o projeto de pop experimental do francês Benoit Baudrin, que editou no passado dia 17 o seu primeiro EP homónimo com o selo da Johnkôôl Records. O trabalho de estreia de Benoit traz-nos à baila nomes icónicos do ambient pop como os também franceses AIR ou mesmo uns Sensible Soccers, no que diz respeito ao trabalho de sintetizadores.
Melodias retro-futuristas, alegres, psicadélicas, minimais, uma atmosfera vaporosa e algum 8-bit marcam este EP e tornam-no numa boa banda sonora para este verão.
A festa dos 800 Gondomar, de nome 800 Sensations Party, que teve lugar no Café Au Lait durante todas as quartas-feiras de junho, vai chegar ao fim nesta semana. Hoje à noite, são os próprios 800 Gondomar que vêm fechar o seu evento, acompanhados pelos lisboetas Panado, da editora French Sisters Experience. Vai ser uma noite dedicada ao garage, com a banda da casa a mostrar a sua ferocidade, assim como os Panado, que vêm ao Porto mostrar o seu 'rock felino' pela primeira vez.
Os concertos começam por volta das 22h, e a entrada é livre como sempre.
A quarta edição do HARD FEST vai decorrer nos próximos dias 1 e 2 de julho no pátio do Edifício da Resinagem, na Marinha Grande, pela mão d'Os Vizinhos, associação cultural que pretende devolver à Marinha Grande a animação de outros tempos.
Depois das edições passadas contarem com bandas como d3ö, A Last Day On Earth, Moe's Implosion, Ash is a Robot, The Year, The Jack Shits, These are My Tombs, Miss Lava ou Stone Dead, este ano a organização apostou em 4 concertos únicos que vão dar vida ao centro histórico da cidade.
Na sexta, dia 1 de Julho, tocam os Astrodome e os Quartet of Woah e no sábado, dia 2 de Julho, tocam os ASIMOV e Correia, Todas as bandas fazem a sua estreia na cidade da Marinha Grande.
As entradas custam 5€ euros para um dia dos dias e 8€ para ambos os dias. Para os sócios d'Os Vizinhos /ecO - Associação Cultural as entradas custam 3€ para um dia e 5€ para ambos. As portas abrem às 21h30 e os concertos têm início às 22h30.
Estamos cada vez mais perto da 22ª edição do Super Bock Super Rock, que decorre de 14 a 16 de julho no Parque das Nações, e a ansiedade começa a apertar. O cartaz deste ano apresenta uma enorme variedade de estilos e uma grande qualidade, do qual destacamos alguns artistas, reunidos nesta playlist recomendada a quem quiser fazer um aquecimento caseiro para o festival ou passar a conhecê-lo melhor.
1- Disclosure - F For You ft. Mary J. Blige
2- The National - Afraid of Everyone
3- Temper Trap - Love Lost
4- Benjamim - Os teus passos
5- Surma - Maasai
6- Rhye - The Fall
7- Moullinex - Sunflare
8- Orelha Negra - O Segredo
9- Iggy Pop - Sunday
10 - Samuel Úria - Dou-me Corda
11- GNR - Bellevue
12- Jamie XX - Sleep Sound
13- Villagers - Courage
14- Massive Attack & Young Fathers - Voodoo In My Blood
O Super Bock Super Rock vai este ano para a sua 22ª edição, decorrendo pelo segundo consecutivo no Parque das Nações. Com apenas uma dias pela frente até os dias 14,15 e 16 de julho, está na hora de começarmos a ouvir as bandas e os discos que mais nos marcaram ao longo da vida.
Fiquem aqui com o conjunto final de escolhas dos álbuns essenciais à sobrevivência no festival à beira Tejo.
The National - High Violet
Há álbuns que são capazes de marcar uma fase da vida, sejam elas fases más ou boas, e nessas alturas há sempre uma banda e um álbum que nos marca, que nós ouvimos sem parar. High Violet é, ou foi, para muitas pessoas, uma dessas bandas sonoras numa fase mais lenta da vida. Os The National são uma banda americana oriunda de Cincinatti, no estado de Ohio. Este seu álbum, High Violet, foi editado no dia 10 de maio de 2013, o que foi na altura o seu quinto registo discográfico. A voz profunda de Matt Berninger, aliada às letras e melodias sentidas, fazem o que são os The National no seu todo. É difícil de salientar duas músicas neste álbum, tanto podiam ser "Terrible Love" ou "Sorrow", como "Bloodbuzz Ohio" ou "Afraid of Everyone", sendo de louvar a qualidade conjunta que este álbum tem.
Os The National são fãs admitidos de Portugal, tendo já dado 11 concertos em terras portuguesas, e preparam-se agora para o seu 12º concerto cá, desta vez no Super Bock Super Rock, onde partilham o estatuto de cabeça de cartaz com os Disclosure no dia 14 de julho. Recomendamos seriamente que não percam este concerto dos The National, eles que se preparam agora para lançar o seu sétimo álbum, e certamente já têm algumas músicas para nos apresentar no palco Super Bock.
Massive Attack – Mezzanine
Os Massive Attack vêm de Bristol visitar-nos uma vez mais, dois anos após o seu concerto no Meco, neste mesmo Super Bock Super Bock. 3D (Robert Del Naja) e Daddy G (Grant Marshall) formam uma das maiores instituições do trip-hop e contam quase com 30 anos de carreira. Um dos maiores marcos dessas três décadas foi Mezzanine, terceiro álbum de estúdio do grupo, editado em 1998. Mezzanine marca uma mudança na sonoridade mais jazz e soul dos seus primeiros trabalhos, Blue Lines e Protection, indo buscar influências ao rock, hip hop e dub. “Teardrop”, “Angel” e “Dissolved Girl” estão entre os grandes destaque deste trabalho repleto de texturas sonoras abstratas e negras. A 15 de julho, o palco Super Bock recebe a dupla britânica que traz consigo os Young Fathers, os quais colaboraram no último EP Ritual Spirit, editado este ano.
Jamie XX – In Colour
Jamie Smith, ou Jamie XX, como é conhecido no mundo da música, editou no ano passado o seu primeiro álbum a solo In Colour. O produtor, parte integrante dos The XX que em 2011 remisturou o álbum I’m New Here do mítico Gil Scott-Heron, demorou 5 anos a compor o seu primeiro trabalho de estúdio. Procurando sempre que In Colour não fosse associado a uma época sonora específica, o resultado final é um álbum de dança a que ninguém fica indiferente, que mistura estilos como UK Garage e o House. O álbum conta com as participações de Romy Madley Croft, também dos The XX, do rapper Young Thug e Four Tet. Smith recorreu também a alguns samples dos media britânicos, utilizando-os nas suas músicas. Temas como “Girl”, “Sleep Sound”, “Loud Places” e “I Know There’s Gonna Be (Good Times)” são esperados no palco EDP, no primeiro dia do festival. É nos lá estaremos para dançá-los.
Capitão Fausto - Pesar o Sol
Os Capitão Fausto são uma banda lisboeta de rock, tendo como influências principais, bandas como Tame Impala e Beach Boys. É claro que o que vocês acabaram de ler aqui, principalmente às pessoas que já conheciam os Fausto, ou que estão em vias de ouvir, não é nenhuma surpresa. O seu segundo álbum de estúdio, Pesar o Sol, catapultou a banda portuguesa para as bocas do mundo, na cena da música alternativa portuguesa. Há várias músicas que se destacam neste álbum, tal como "Celebre Batalha de Formariz", pela sua energia e letra poderosa, ou "Flores do Mal", pelas suas longas e leves melodias, que nós fazem viajar no universo até ao infinito. É um álbum que nos apresenta várias facetas, o que é ainda mais perceptível ao vivo, havendo claramente diferenças no público quando a banda toca as músicas referidas em cima. Na "Celebre Batalha de Formariz", o mosh é quase sempre inevitável, enquanto a frase "Deixem os outros falar, só nos dão ideias pa cantar" é cantada em uníssono. Em "Flores do Mal" já é diferente, os olhos fecham-se quase que automaticamente aqui, levando-nos aos sentimentos já referidos em cima, mas ainda mais intensos por ser ao vivo. Tudo isto são razões, mais do que suficientes, para não perderem o concerto dos Capitão Fausto no Super Bock Super Rock. Onde vão actuar no dia 15 de julho, palco Antena 3, ao lado de outros talentos nacionais como Glockenwise, Pista e Basset Hounds. Não percam este palco.