Oiçam: Billions of Comrades

Oiçam: Billions of Comrades

| Abril 27, 2017 11:43 am

Oiçam: Billions of Comrades

| Abril 27, 2017 11:43 am

Oriundos da Bélgica e no ativo desde 2011, os Billions of Comrades estrearam-se em 2013 nos trabalhos de estúdio com Grain, um álbum muito aclamado pela crítica pela originalidade na composição dos seus singles, que maioritariamente funcionam à base de uma mistura de sonoridades orgânicas com os beats do sintetizador Tenori-On, por forma a criar uma energia electro math pop. Os Billions of Comrades têm uma veia muito experimental daquelas à la musique concrète, que se encontra denotada com o avanço da reprodução dos seus trabalhos, embora em músicas específicas (a título de exemplo oiça-se “Harders”). Apesar da aura pop, que se observa essencialmente ao nível da voz (a merecer comparações com Luke Jenner dos The Rapture), a sonoridade dos Billions Of Comrades no primeiro disco apresenta uma banda com potencial e  traz boas malhas com elementos característicos a explorar afincadamente no futuro.


Três anos depois de Grain, os Billions of Comrades estão agora de regresso ao discos com Rondate, lançado em formato digital em outubro de 2016 e com edição física pela Black Basset Records em março deste ano. Há uma clara evolução na sonoridade do quarteto belga do primeiro para este segundo trabalho. Se em Grain a banda mostrava ter um potencial na área experimental, esse potencial é afinado e explorado ao pormenor em Rondate, um disco composto de forma espontânea e coordenado pela química existente dos quatro elementos da banda em estúdio. Sobre o conceito envolvido neste novo disco os Billions of Comrades explicam-no como: “an impulse, that bit of energy needed to break free from a cyclical situation, to evolve and to move on.”







O tema de abertura do disco, “Echidna”, traz uma luz para o universo escuro da banda, apresentando-se essencialmente como um single progressivo e posicionado entre o industrial. Já o seu sucessor, “Minor”, volta ao math-rock e acrecenta-lhe uma moldura eletrónica. “Poss”, por exemplo, tem uma identidade mais tribal. Comparativamente a Grain, Rondate apresenta uma qualidade superior e uma produção e composição mais pensadas, através de uma exploração sonora que não fica presa a um único género. Rondate é um álbum sofisticado e com composições bastante modernas. A ouvir, além dos já referidos, recomendam-se ainda o single “Torche”.




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