Formados em 2007, os Metz têm vindo a estabelecer uma posição segura no panteão do rock. Reconhecidos pelas suas performances eletrizantes, o trio canadiano estreou-se pela Sub Pop com o aclamado álbum homónimo, valendo-lhes elogios positivos por parte da crítica e um culto confortável por parte de fãs do bom e saudoso rock das décadas de 80 e 90. Depois de um segundo disco que não passou de um mero sucessor, uma espécie de aperfeiçoamento do que já tinha sido praticado, os Metz procuraram uma rotura necessária para a produção do seu sucessor, Strange Peace, editado novamente pela norte-americana Sub Pop sob a supervisão de Steve Albini.
Complementando harmonia e detalhe ao músculo e agressividade dos seus antecessores, Strange Peace trouxe uns Metz mais fervilhantes que nunca no regresso da banda ao Hard Club, desta feita para uma atuação na sala 2 do espaço portuense (a última atuação decorreu na sala principal do Hard Club, aquando da quinta edição do Amplifest). Sem grandes cordialidades, o trio composto por Alex Edkins (guitarra, voz), Chris Slorach (baixo) e Hayden Menzies (bateria) partiu de imediato para “The Swimmer”, abrindo o concerto com toda a glória e velocidade que se espera de um concerto de Metz. “Get Off” foi responsável por abrir o primeiro mosh pit, com os fãs a deixar bem assente o amor nutrido pelo primeiro disco do trio. Frenéticos e imparáveis, os Metz não deixaram grande espaço para respirar, mantendo aceso um ritmo que se verificou incansável de princípio ao fim. “Drained Lake”, com o seu lado fabril e industrial, remete-nos para os tempos de glória da família Touch & Go, onde o músculo dos Jesus Lizard se alia à voracidade e nervosismo de uns Drive Like Jehu.
Antes, os Moaning abriram a noite com um concerto de apresentação do disco homónimo de estreia. Naturais de Los Angeles, o trio norte-americano assinou recentemente pela Sub Pop, juntando-se ao catálogo da editora que outrora editou para Nirvana, Mudhoney e Beat Happening. A introdução deste jovem trio à conceituada casa é compreensível, com a banda a aliar o lado mais sombrio da música post-punk aos riffs sujos e distorcidos da nova vaga shoegaze. Passeando entre as melodias delicodoces de “Tired” e o nervosismo miúdo de “Don’t Go”, os Moaning conseguiram uma atuação curta e eficaz. Não trazendo uma abordagem propriamente inovadora, o trio demonstrou, no entanto, um cunho bastante próprio e confiante, mas nada que uns Cheatahs ou até mesmo uns Shame não estejam a praticar melhor de momento.
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Texto: Filipe Costa
Fotografia: David Madeira
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