Segunda edição do FEM FEST arranca na primeira semana de junho

| Maio 18, 2018 12:12 am

Num mundo governado por homens, há ainda esperança de ver representação feminina – o FEM FEST 2 volta com um cartaz cheio de talentos femininos para todos os gostos nos dias 6, 7, 8 e 9 de junho, pelas 21:30, na Sociedade Musical União Paredense (SMUP).
Ao longo de 4 dias vão poder ver mulheres da música portuguesa a recriarem e a falarem sobre a sua arte. A começar no dia 6 (3€, sócios 2€) temos Maria Radich com Maria do Mar a apresentarem Booking Point, uma performance experimental entre a voz, o violino e o movimento, que abre alas para que o tempo – no espaço, dos textos, desenhos e rascunhos – encontre e vá de encontro às performers e ao público. Para encerrar o dia, uma conversa entre as artistas e Camila Reis, moderada por Sara Aires sobre Música no Feminino espera o público que procura, tal como os organizadores e artistas, perturbar o panorama demasiado masculino da música.

No segundo dia, 7 de junho (7€, sócios 6€), há outras forças a moverem o FEM FEST 2 – a abrir as hostes, Lucia Vives, uma das mentes por detrás da Xita Records e artista multifacetada, fará uso de guitarra e voz para aquecer os humores, abrindo lugar para Joana Guerra, violoncelista, vocalista e artista electrónica que protagonizou um dos álbuns do ano de 2016, Cavalos a Vapor. Deixando tranquilidades para trás, entra Pássaro Macaco, projeto a solo de Patrícia Guerra, membro do grupo panelas depressão, em teclados, trompete, bateria electrónica, guitarra e voz.


Quase a abrir alas para o dia derradeiro, o penúltimo (7€, sócios 6€) começa com Calcutá, de Teresa Castro, cantautora que já acompanhou Filipe Sambado e Luís Severo, com o seu ghost folk, em banhos de reverberação dignos de trilhas sonoras para um bom filme de David Lynch. Não se ficando por aí, o FEM FEST 2 recria um acidente da sua primeira edição que levou a que Shelley Barradas atuasse com Ana Farinha – uma fusão de Les Batôns Rouge com Clementine que promete deixar os ouvidos que as receberem desejosos por mais. Ainda sem dar descanso e a seduzir o experimental para o palco, Aurora Pinho traz a multidisplinaridade para a sua performance, combinando canto, dança e música electrónica para colocar em prática o sua ideia da intimidade como forma de fazer política. O dia não acaba por aqui – ainda há lugar para Candy Diaz, o alter-ego dos discos de Ana Farinha, que levará os resistentes pelas paragens musicais da sua vida, desde a pop subversiva dos anos 60 até ao rock de garagem contemporâneo.






Como tudo de bom tem um fim, o FEM FEST 2 acaba no dia 9 de junho (7€, sócios 6€), não sem antes se despedir com mais uma rajada de concertos e atuações. April Marmara invoca a escuridão nas suas canções de amor que não se apegam ao desnecessário e mostram a crueza na música folk que a Beatriz Diniz invoca. Callaz, projeto de Maria Soromenho, traz despreocupações ao palco do FEM FEST 2 com canções soalheiras lo-fi, escolhendo a alma mais contemplativa do sol e aquecendo corpo e espírito em simultâneo. Savage Ohms, que acaba por funcionar como um sumário improvisado deste festival, junta Beatriz Diniz (April Marmara), Teresa Castro (Calcutá), Joana Figueiroa e Violeta Azevedo enquanto quarteto puramente feminino de música livre e ruidosa, para encerrar o tempo para concertos. Não deixando que a festa acabe, será Odete a ficar encarregue dos discos e a garantir que a festa não acaba antes do suposto.






Todas as informações adicionais podem ser encontradas aqui.

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