Nesta edição do 7 ao mês subimos até ao norte para ficar a conhecer as escolhas do quarteto de post-metal formado por Jaime Manso, João Pedro Amorim, José Pedro Alves e Pedro Alves. Os FERE editaram no passado mês de março o seu álbum de estreia, Montedor, com o selo da Ranging Planet.
Converge - Wretched World (2009)
Um excelente exemplo de como uma banda de peso (e neste caso, hardcore) consegue fazer uma música super simples e super bonita, que serve de banda sonora para qualquer momento.
Pelican - Final Breath (2009)
Mais uma música muito bonita, feita por uma banda de peso. Neste caso a única música desta banda com voz e está fenomenal, na minha opinião. É mesmo um final breath, como última música de um excelente álbum!
Para mim um grande exemplo de contensão/progressividade. E porque cada vez que ouço dou por mim a curtir como se fosse a primeira vez que estivesse a ouvir \m/.
Wu-Tang Clan - C.R.E.A.M. (1993)
Porque tambem faz parte.
Russian Circles - 309 (2011)
Das texturas etéreas ao sufoco dos riffs de guitarra, das águas calmas à tempestade do baixo, passando por uma bateria que não nos permite pausas no ritmo e na imprevisibilidade. "309" dos Russian Circles é um bom exemplo de como caminhar da contenção à explosão.
YOB - Adrift in the Ocean (2011)
Encontramos o oceano dos YOB numa promessa de caminho solitário e navegante que, enganador, nos encaminha para o reverberar pesado, trágico e denso da procura de um rumo. Grande música de uma grande banda.
KING WOMAN - I Wanna Be Adored (The Stone Roses Cover) (2018)
Normalmente não gosto de covers. Normalmente as cover são piores que o original, então porquê fazer uma?...
Depois escolher uma música, sou uma pessoa muito decidida até me pedirem para escolher. Foram horas, sem qualquer hipérbole, para chegar a estar música entre as centenas de que gostaria de partilhar convosco. Esta é capaz de ser a única cover, pelo menos que tenha presente, melhor que a música original. A música original, dos Stone Roses, do álbum com o mesmo nome de 1989. Aqui, a banda de Kristina Esfandiari, faz um trabalho assombroso, juntando-lhe a este pacto com o diabo todo o veneno necessário com a sua voz e um instrumental oleoso e rastejante, como se quer pelos lados da negritude universal.
As escolhas dos FERE não se ficam por aqui. Os mais curiosos podem ouvir em baixo uma playlist criada pela banda. Aproveitem!