7 ao mês com ATILA

| Janeiro 15, 2019 12:42 am

Em março de 2012 ATILA – o produtor portuense que mais tarde conquistaria os ouvidos da imprensa nacional (e internacional) com a edição do seu primeiro longa-duração de estúdio V – estreava-se nas edições com o seu primeiro EP de carreira, I. Na altura ainda um bedroom project, cheio de potencial contudo. Foram precisos apenas três anos e uma série de lançamentos em formato curta-duração para que ATILA se enraizasse no panorama nacional como um dos melhores produtores de dark electronics, com influências do mundo do black metal, techno e um potencial muito focado. A estreia com V, demasiado aclamada faria com que dois anos mais tarde Body, o segundo disco longa-duração ficasse um pouco oculto entre os lançamentos de 2017, ainda assim considerado um dos melhores do ano pela redação da Threshold Magazine.

Sete anos depois do início fomos pedir a Miguel Béco de Almeida que nos apresentasse também sete artistas/bandas que de alguma forma o marcaram recentemente. As sete escolhas do projeto que conjuga a respiração da eletrónica negra com os devaneios do black metal, darkwave e drone podem agora ouvir-se abaixo.


Carla Dal Forno – The Garden 

Com a faixa título inspirada na de igual nome dos Einstürzende Neubauten, são 4 músicas de pop-indie-experimental (?) de uma emocionalidade e sensibilidade incrível. Para além disso ela tem gatinhos nos vídeos dela e é a maior fofa. Ouçam em dias de chuva.




Ulver – Bergtatt 

É para mim disco o mais bonito de black metal de sempre. Está tudo bem feito e tem o mesmo efeito em mim hoje que tinha há 10 anos. 




Senyawa – Sujud 

Um dos meus álbuns preferidos do último ano. Música ritualista que mistura drones de guitarra com folclore Indonésio. 

Tzusing – 東方不敗 

O melhor album para partir pista que saiu recentemente. Techno EBM com vibe asiática, influências de todo o lado e uma inventividade fora do comum. 




Caroline K – Now Wait For Last Year 

Um trabalho hipnótico, assombroso e delicado de sintetizadores de 1985 vindo da co-fundadora de Nocturnal Emissions




The Body – I Have Fought Against it But I Can’t Any Longer 

São a minha banda preferida atual e são sempre incríveis. O álbum foi todo construído com base em samples, inclusive da bateria e guitarra. Uma amálgama barulhenta de géneros que fica extra agoniante com a participação da Lingua Ignota, que é outra musa incrível. 




Coil – Ape of Naples 

Um clássico dos melhores de sempre, emocionalmente devastador.





Se quiserem conhecer melhor o ATILA aproveitem para o seguir através do Facebook ou pelo Bandcamp, onde podem comprar o seu trabalho.





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