Vivarium Festival traz Tim Hecker e Proc Fiskal ao Porto

| Fevereiro 7, 2019 3:20 pm



O Vivarium Festival regressa ao Porto entre os dias 28 e 30 de Março para a sua segunda edição. Com um programa que cruza as áreas da música, performance, dança interativa, artes visuais, new media e pensamento, o evento ambiciona abrir um debate sobre as divergências e convergências entre Inteligência Natural e Inteligência Artificial. Serão três dias de intensa programação que, pela primeira vez, se estenderão à cidade: Passos Manuel, Ateneu Comercial e Reitoria da Universidade do Porto, para além da casa-mãe, o espaço de intervenção cultural Maus Hábitos


Na componente musical, o principal destaque da edição vai para o seminal artista sonoro Tim Hecker, que regressa ao Porto para uma performance única. Konoyo, o seu mais recente disco pela obrigatória Kranky, juntou o produtor canadiano a Kara-Lis Coverdale e ao ensemble gagaku Tokyo Gakusu para um trabalho de proporções épicas sobre, e citando as palavras de Hecker, “o espaço negativo e uma sensação de densidade cada vez mais banal na música”. 


Em estreia nacional teremos Elizabeth Brown, compositora norte-americana cujo trabalho se tem desenvolvido na criação de um espaço de experimentação para o tereminNo campo da música clubbing, Proc Fiskal, produtor irlandês apontado como um dos mais interessantes nomes da nova vida do grime, apresenta-se no Porto com a sua mais recente aventura discográfica. Insula, editado em 2018 sob a cinta da britânica Hyperdub, valeu-lhe elogiosos comentários por parte dos meios especializados, inclusive um merecido 14º lugar na lista dos melhores lançamentos do ano da revista The Wire.



O programa de dança olha com particular detalhe os fios que ligam o “animal e o super-homem”. Confirmadas estão já as performances de Jung in Jung, Poetic Corner(s), uma apresentação multidisciplinar onde a tecnologia serve de impulso à estimulação coreográfica, mediando a relação entre o corpo e o som. Estreia em Portugal também para Nun on the Moonde, de Dasniya Sommer, bailarina e coreógrafa que se tem dedicado a explorar as possibilidades performativas da milenar arte shibari (bondage japonês).  

Nas artes visuais e aproveitando a coincidência com o 18º aniversário do Maus Hábitos, será exibida uma exposição colectiva que revisita e reinterpreta o arquivo fotográfico que a casa tem vindo a acumular ao longo de mais de uma década de actividade. Confirmados estão já os trabalhos de Antoine d’Agata, Justine Emard, Daniel Pires e Isaque Pinheiro.   

O Vivarium Festival contará ainda com um workshop em realidade mista orientado por Isabel Valverde e a conferência de filosofia Criar conceitos – Seguir regras: Um diálogo improvável entre Deleuze e Wittgenstein, mediada por Sofia Miguens Travis. A programação completa do Vivarium Festival será anunciada no final de fevereiro.
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