Marc Ribot, Carla Bley e Joan As Police Woman em Espinho até junho

| Abril 26, 2019 3:31 pm


A primavera já conta uma semanas e com ela aproximam-se os primeiros concertos do segundo trimestre do Auditório de Espinho. Marc Ribot, Carla Bley e Joan As Police Woman (na foto) são alguns dos nomes que animam os próximos meses do Auditório.

O guitarrista norte-americano Marc Ribot é o primeiro a subir a palco. Songs of Resistance 1942-2018 e YRU Still Here? são as mais recentes aventuras discográficas do homem que já colaborou com John Zorn, Laurie Anderson, Tom Waits ou Caetano Veloso, e revelam mais do que nunca a faceta revoltada do veterano. O primeiro compila uma série de canções ativistas que Ribot recriou, assim como alguns inéditos com assinatura do próprio; o segundo juntou-o novamente a Shahzad Ismaily e Ches Smith, com quem forma os impetuosos Ceramic Dog. Em Espinho, Marc Ribot apresenta-se a solo para uma performance a solo onde a intervenção será palavra de ordem. Dia 30 de abril.

Segue-se Tom Brosseau, dia 3 de Maio. Originário de Grand Forks, Dakota do Norte, o músico e compositor é dono de uma sensibilidade muito singular, um contador de histórias inato cuja voz foi apontada pela National Public Radio como uma das mais surpreendentes da folk contemporânea. Quem também passará pelo Auditório em maio será Lula Pena. O seu último disco, Archivo pittoresco, recebeu o selo da respeitada editora belga Crammed Discs (de Marc Hollander), explorando mais uma vez o fascinante mundo da música lusófona. Da MPB à bossa nova, passando pelo fado e o folclore português, Lula Pena tem revisitado ainda vários temas de compositores como Chico Buarque, Ederaldo Gentil ou Jerusa Pires Ferreira.

A 18 de Maio, Carla Bley traz consigo Trios (2013) e Andando el tiempo (2016), os mais recentes discos da conceituada compositora e pianista norte-americana ao lado de Steve Swallow Andy Sheppard. Peça fundamental para o melhor entendimento da música jazz, é com eles que, em formato trio, a música que já colaborou com Don Cherry e Charlie Haden e que integra o respeitado catálogo da germânica ECM (casa-mãe para trabalhos de Pat Metheny ou Arvo Pärt) se apresentará ao vivo para um espetáculo único no país. Antes, a 17, a Orquestra Clássica de Espinho convidas os vencedores do Concurso de Solistas da Escola Profissional de Música de Espinho para um espetáculo onde serão interpretadas obras de Claude Debussy Igor Stravinski.

A 24 de maio, os Alright Gandhi apresentam-se em Espinho para um espetáculo inédito em colaboração com o Projecto Benjamim, um extenso ensemble constituído por alunos do Curso Básico da Escola Profissional de Música de Espinho. A música dos alemães é marcada por uma abordagem pouco convencional à música pop, aliando complexidade, silêncio, improvisação a refrões que rapidamente se transformam em novas canções. No dia seguinte, a 25, o músico e produtor brasileiro Alexandre Kassin apresenta-se em Espinho para apresentar os temas do mais recente disco Relax, editado em 2018. Os dotes de Kassin como produtor levaram-no a trabalhar com artistas como Caetano Veloso, Los Hermanos, Gal Costa ou Tim Maia (postumamente, no disco Tim Maia Racional, Vol. 3), tendo sido apelidado pelo francês Gilles Peterson como “o Brian Eno do Brasil”.

O mês de junho inicia com um concerto da Orquestra de Jazz de Espinho. Miguel Moreira, na guitarra, e Eduardo Cardinho, no vibrafone, apresentam Encruzilhadas no primeiro dia do mês. A 14, Joan Wasser, conhecida como Joan As Police Woman, encerra o segundo trimestre do ano com um concerto de apresentação de JOANTHOLOGY, a primeira antologia da cantora e compositora norte-americana que reúne trinta das suas maiores canções.



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