Estes são os nomes que figuram o cartaz do Amphi Festival – Dia 1

| Junho 8, 2019 7:48 pm


Falta pouco mais de um mês para acontecer mais uma das icónicas edições do Amphi Festival, o festival de música underground mais vanguardista de Köln. Em mais um ano a apostar numa requintada ementa que conjuga dos mais emblemáticos nomes das vagas da música industrial, EBMpost-punk, rock gótico até aos mais emergentes, a edição do Amphi Festival deste ano promete fomentar memórias muito queridas do início do verão de 2019.

Já com a data cada vez mais de perto daquela que virá a ser a 15ª edição do Amphi é também tempo de começar a definir prioridades e selecionar aqueles concertos que não se podem mesmo perder. Para vos ajudar a organizar o trabalho, neste artigo focamo-nos no inaugural primeiro dia de festival que aterra em Tanzbrunnen, a 20 de julho de 2019 e nos artistas que incluem o seu cardápido.

AGENT SIDE GRINDER 



Os suecos Agent Side Grinder chegam à Alemanha para fazer ecoar o primeiro álbum de carreira desde a mudança do alinhamento da banda da formação original, marcada em 2018 – A/X (Progress Productions, 2019). Formada em 2005 a banda sueca apresenta em Köln a sua música eletrónica com foco nos sintetizadores e caixas de ritmo desta feita com Emanuel Åström a ocupar a posição de foco central como vocalista. Batidas metálicas, linhas de baixo contagiantes, melodias de synth arrebatadoras e faixas extremamente fortes.



ASH CODE 

Depois da estreia em 2014 com o disco Oblivion (Swiss Dark Nights), os Ash Code tonaram-se rapidamente num dos nomes influentes dentro do revivalismo da música gótica. O conceito do trabalho, focado na filosofia Nietzsche onde o esquecimento é descrito como uma força ativa para esquecer o que alguém sofre e nos aflige sem cairmos numa espiral de sentimentos negativos e depressão, chegou na altura certa após um estado de decadência que se prolongou uns bons anos. A banda apresenta no Amphi o mais recente disco de estúdio, Perspektive (Swiss Dark Nights / Manic Depression, 2018) e muito provavelmente novas canções a figurarem aquele que virá a ser o quarto disco de carreira da banda.



BLUTENGEL

Anunciados como um dos principais headliners do festival, os alemães Blutengel chegam a Köln para nos apresentarem a sua atmosfera sombria e melancólica com um atraente apelo da música pop. A banda de Chris Pohl – que desde o álbum de estreia Child Of Glass (1999) até aos sucessores e muito aclamados Angel Dust (2002) Demon Kiss (2004) e Labyrinth (2007) conseguiu chegar à atmosfera mainstream sem permitir que qualquer grande editora mudasse o seu estilo musical – traz ao Amphi o seu futurepop e EBM e mais de 20 anos de uma carreira concisa e produtiva. Na setlist farão escutar-se em foco os novos temas do mais recente disco de estúdio, Un:Gött (2019).




CHROM 

Formados em 2007 pelo amor aos sons eletrónicos partilhado entre Christian Marquis e Thomas Winters, os CHROM editariam o primeiro disco de estúdio, Electroscope (Fear Section, 2010) três anos depois. 
Numa sonoridade a misturar influências que vão desde a synth pop, EBM e club-electro, o concerto dos alemães CHROM, marcado para 20 de julho recairá sobre o mais recente disco de estúdio e o quarto LP na carreira, Peak & Decay (2016). Batidas volumosas e graves, guarnecidas com melodias cativantes, farão certamente, parte da ementa preparada para sábado.



DIVE 

O belga Dirk Ivens (ex – The Klinik / Absolute Body Control / Sonar) opera a solo sob alter-ego DIVE, num foco sonoro que mistura música eletrónica com letras que recaem na esperança, morte, amor e medo. Muito primitivo e experimental e com recurso à instrumentação mínima, Dirk Ivens cria um poder máximo com o seu desempenho individual. 
Armado com um minidisc e dois estroboscópios, DIVE mostra em sintonia plena que, com o recurso a poucos instrumentos também se consegue fazer uma obra grandiosa. Um concerto que reflete 30 anos de carreira e promete projetar o ouvinte para novas ambiências.



ERDLING 

Entre os nomes mais pequenos do cartaz encontra-se o dos alemães Erdling, banda formada em 2015 e que conta já com três discos de estúdio. 
Com uma sonoridade baseada no metal e em conjugação com as atmosferas eletrónicas do cyber-goth, os Erdling cantam-nos em alemão, apresentando ainda influências nórdico-mitológicas que deverão ser exploradas em pormenor com o lançamento do seu quarto disco de estúdio, esperado para janeiro do próximo ano. Até lá as músicas de Dämon (Out of Line, 2018) deverão estar em destaque na setlist preparada para o Amphi.



HAUJOBB 

Os Haujobb fazem parte da mais nova onda de artistas do panorama electro-industrial e IDM da Europa. Juntamente com outros notáveis nomes como :wumpscut: e VNV Nation, os Haujobb apresentam uma onda ainda mais nova de adrenalina para um género que cada vez mais se expande entre as pistas de dança noturnas. Originalmente formados como um trio em 1993 os Haujobb são, desde o lançamento de Freeze Fram Reality (Of Records, 1995), um duo composto por Dejan Samardzic e Daniel Myer. Depois de uma carreira de sucesso bastante consistente a nível nacional e internacional, a banda sediada em Leipzig apresentará no Amphi o seu mais recente disco de estúdio, Alive (2018).



HEARTS OF BLACK SCIENCE

Através da combinação de elementos do shoegaze, indie, post-rock e música eletrónica, com foco em melodias e letras sombrias, os suecos Hearts of Black Science, exploram uma sonoridade que se desenvolve à base de paisagens eletrónicas atmosféricas cruzadas com música pop de toada obscura.  A dupla sediada em Gotemburgo e formada em 2005, conta até à data com um total de três discos longa-duração aos quais se juntam alguns EP’s e singles independentes. No concerto do Amphi deverão ainda ouvir-se temas novos, contando que o último disco da banda chegou às prateleiras em 2013.


HENRIC DE LA COUR 

O também sueco Henric de la Cour (ex – Yvonne; Strip Music), que tem ganho algum destaque dentro do panorama da darkwave e synthwave, pelos seus coerentes e muito bem produzidos discos de estúdio – além da colaboração com os Agent Side Grinder no “famoso” tema “Wolf Hour” – apresenta-se em Köln a 20 de julho. 
Henric de la Cour estreou-se a solo em 2011 com um disco homónimo ao qual sucederam Mandrills (2013) e Gimme Daggers (2018), este último a ganhar destaque na performance ao vivo no Amphi.



HOCICO 

Formados em 1993 pelos primos Erk Aircrag (letras; voz) e Racso Agroyam (programação; sintetizadores) os mexicanos Hocico são hoje uma das bandas mais importantes no panorama da música eletrónica industrial. A sua música agressiva e repleta de uma imagética com foco na escuridão marca presença em quase duas dezenas álbuns que deram origem a alguns dos temas mais rodados nas pistas de dança underground do mundo. 
Ao Amphi e neste cenário de descontração, a banda traz na bagagem o último e mais recente disco de estúdio, The Spell of the Spider (2017).



L’ÂME IMMORTELLE 

Formados na Áustria em 1996, os L’Âme Immortelle misturam batidas eletrónicas dançantes com traços melancólicos, juntamente com vocais ora masculinos e ásperos ora femininos e tristes. Atualmente compostos por Thomas RainerSonja Kraushofer e Ashley Dayour, os L’Âme Immortelle trazem até ao Amphi uma sonoridade que se categoriza entre os territórios do metal industrial e da futurepop. Entre os discos mais clássicos como Wenn der letzte Schatten fällt (1999) e Als die Liebe starb (2003), a banda apresenta com foco no Amphi o seu mais recente disco de estúdio, Hinter dem Horizont (2018, TRISOL).






LOGIC & OLIVIA 

A electropop dos alemães Logic & Olivia também marcará presença na 15ª edição do Amphi. Encontrando-se entre os nomes menos destacados do cartaz a banda formada por René Anke (voz/produção), Matthias Trompelt (teclados/piano) e Tino Weigel (guitarra) promete destacar-se sobretudo pela sua vasta experiência como músicos que começou em 1999 sob o epíteto de Darkcore
Num período de 10 anos sob este distintivo, a banda – que em 2010 mudaria o seu nome para Logic & Olivia – lançou um total de seis discos de estúdio. 2012 marca o ano de lançamento do primeiro LP da banda sob este novo nome: Playground of the Past. Ao Amphi a banda traz na mala lowder than words (2018).



LORD OF THE LOST

A banda de dark rock alemã, Lord Of The Lost pisa palco em Köln para apresentar o seu mais recente disco de estúdio, Thornstar (2018). Com um vocalista extremamente versátil, que pode facilmente alcançar toda a gama que inclui entre vozes claras e sinceras aos grunhidos de emanação da morte, bastante agressivos, os Lord Of The Lost são um dos talentos musicais mais prolíficos da Alemanha. 
Na carreira contam com cerca de 12 anos de experiência divididos entre uma discografia que integra um total de seis discos longa-duração e que no Amphi promete dissuadir os ouvidos dos espectadores numa mistura que engloba o industrial metal de traços góticos.




MASSIVE EGO 

Em Church For the Malfunctioned, o terceiro e novo disco da carreira dos Massive Ego – o grupo de culto britânico que fascina com os emocionantes batidas da electro-pop – podemos ouvir ritmos energéticos que conjugam o lado negro da música eletrónica com influências que vão desde a darkwave à EBM e ao industrial. 
A banda formada em 1996 e atualmente composta por Marc Massive (voz) Oliver Frost (percussão) e Scot Collins (teclados e programação) apresenta no Amphi a sua discografia que inclui três discos, de onde podemos encontrar hits como “Low Life”, “I Idolize You” e “Dead Silence Rising“.



NITZER EBB 

Os ingleses Nitzer Ebb haveriam de ficar conhecidos como um dos expoentes máximos da EBM – uma corrente musical a juntar o punk, a música industrial, o techno e house no mesmo tacho, com o intuito de criar uma mescla hardcore de música para as pistas de dança mais soturnas. Ligados à prestigiada Mute logo em 1987 (quatro anos após a formação original), os Nitzer Ebb lançaram trabalhos de sucesso como Belief (1989) e Showtime (1990) ou ainda Ebbhead (1991), hoje avaliados como verdadeiros marcos históricos. Depois de uma pausa em meados dos anos 90, o grupo regressou aos palcos e chega agora ao Amphi para apresentar In Order (2010) e o EP Join in the Rhythm of Machines (2011).



PINK TURNS BLUE 

Os Pink Turns Blue, a influente e conceituada banda darkwave formada na Alemanha, em 1985, apresenta-se na cidade natal com um impressionante currículo na carreira que é composto por cerca de duas dezenas de álbuns, de onde se retiram inúmeros temas clássicos como “Walking On Both Sides”, “Your Master Is Calling”, “If Two Worlds Kiss”, “Walk Away”, “Michelle”, “Moon”, entre outros tantos que se deverão fazer ouvir bem alto no Amphi. O último disco editado pela banda recebe o nome de The AERDT – Untold Stories (2016) e certamente se fará ecoar ao vivo carregado com as atmosferas decadentes que tão bem caracterizam a banda.



SAMSAS TRAUM 

Os Samsas Traum são mais uma das bandas históricas a contemplar o cartaz da 15ª edição do Amphi Festival. Formados em 1996 por Alexander Kaschte, a dupla alemã apresenta como conceito artístico uma mistura musical que inclui elementos do symphonic metal, neue deutsche härte, black metal e cantastoria
Desde a formação até à data, a banda, cujo nome foi influenciado pelo iconográfico livro “A Metamorfose” de Franz Kafka, já lançou um total de 14 discos de estúdio. A Köln a banda traz Poesie: Friedrichs Geschichte (2015, Trisol / DoCD).



SEELENNACHT 

A música de Seelennacht – o projeto a solo de Marc Ziegler – conduz-nos a uma jornada visionária com foco nas profundezas da consciência. Combinando a música eletrónica com um toque de romance sombrio, que fascina em associação com os vocais distintos do primeiro segundo, Marc Ziegler inclui no seu trabalho uma imensidão de elementos. Melodias cativantes, letras profundas cantadas ora em inglês ou em alemão, ritmos dançantes e aspirações artísticas promovem esta performance como uma experiência sonora do tipo notável. Synthpop e Steampunk apresentados em singles que refletem diversas temáticas entrançadas entre o existencialismo humano.


SOLITARY EXPERIMENTS

Os Solitary Experiments são mais uma das bandas que fazem parte do catálogo da editora Out Of Line. Descrevendo as suas músicas como “sólidas, cativantes, de alta qualidade e com atitude“, a banda alemã prepara o público do Amphi para um concerto que reflete uma carreira baseada em géneros que contemplam desde os 80’s, à new wave, new beat, EBM, darkwave, e claro, ao mundo gótico. 
Formados em 1994 por Michael Thielemann, Dennis Schober e Dana Apitz e, com 25 aos de carreira, os Solitary Experiments apresentar-se-ão no Amphi em formato quarteto e com Future Tense (2018) como personagem principal.




THE CASSANDRA COMPLEX 



O histórico grupo de música industrial e rock eletrónico formado por Rodney Orpheus e Paul Dillon em Leeds, na Inglaterra em 1980 – The Cassandra Complex – pisa o palco do Amphi no primeiro dia de festival. Ao longo dos anos, o som da banda incluiu elementos da EBM, industrial, gótico, new wave e synthpop, tendo o som da banda sido descrito como uma mistura entre Joy Division, The Ramones e KraftwerkDesde o ano 2000, com a edição de Wetware, que a banda não lança qualquer disco inédito de estúdio. Assim, esperam-se ouvir em Köln os grandes hits de uma aclamada carreira musical e que incluem “She Loves Me”, “Moscow, Idaho”, “Prairie Bitch” e/ou “One Millionth Happy Customer”.



UNZUCHT



No mais recente álbum de carreira Akephalos (Out Of Line, 2018), em homenagem a um demónio sem cabeça, da antiga mitologia grega, os Unzucht criaram uma fusão efetiva entre o dark-rock, as sonoridades independentes e os ataques modernos do metal. 
O grupo, formado em Hannover no ano 2009, conta na carreira com um total de cinco discos longa-duração e três EP’s que deverão ser revisitados no concerto agendado para o Amphi, no dia de inauguração do festival.


A edição de 2019 do Amphi Festival decorre nos dias 20 e 21 de julho em Tanzbrunnen, Köln, na Alemanha. Os passes para os dois dias têm um preço de 87€ e os bilhetes individuais têm um preço de 62€, podendo ser adquiridos aqui. Todas as informações adicionais relativas ao festival podem ser encontradas aqui.





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