7 ao mês com JUSEPH

| Agosto 31, 2019 10:03 pm

Os JUSEPH já trabalham juntos desde 2009, ano em que se decidiram juntar numa garagem. Formados por Leandro Sousa Bastos, Pedro Simões, Sérgio Pinho, Marcos Martins e Rafael Soares, são oriundos de Vale de Cambra e em 2013 lançaram o seu primeiro registo de estúdio, o EP de cinco faixas intitulado Novae. Esta estreia levou a banda numa série de concertos que começou nos últimos meses de 2013 e só terminou no final de 2014, partilhando palcos com Catacombe, Process of Guilt, Katabatic, Mother Abyss, entre outros. Um ano mais tarde, os JUSEPH tocaram no Amplifest ao lado dos MOASE (Memoirs of a Secret Empire) numa experiência de cariz visual e sonoro.

Este ano os JUSEPH voltaram com um novo álbum, Óreida, 6 anos após o lançamento do seu disco de estreia e com algumas mudanças na sua formação. Esculpindo as suas cavernas sónicas com uma fronteira ténue entre a tranquilidade e o caos, os JUSEPH transportam o ouvinte numa viagem que varia entre o post-rock e o post-metal, com guitarras pesadas, uma secção rítmica pujante e ambientes eletrónicos cheios de profundidade.

Para a edição de agosto (atrasada, pedimos desculpa) do 7 ao mês convidámos os JUSEPH para selecionar sete artistas e discos que de alguma forma influenciaram o seu percurso como banda. Disfrutem das suas escolhas e oiçam-nas em baixo.


Cult of Luna

Uma banda enorme e desafiante! Vários elementos, instrumentos, uma produção incrível! Despertam sempre a nossa curiosidade em como compõem e pensam os seus temas, precisamente por terem muitos elementos. Cada instrumento tem a sua função, o seu espaço bem definido na estrutura da música, o que torna a forma como trabalham cada álbum bastante interessante. Para além disso, tentam reinventar-se a cada disco sem nunca perderem a essência. Os CoL são um caso de estudo, portanto, só os tornam um exemplo a seguir!


Aaron Turner

Aqui escolhemos o artista e a sua obra, por tudo o que já nos ofereceu! Desde a editora que criou (Hydra Head Records), à banda que, provavelmente, é a nossa maior influência, os ISIS. Todos os restantes projectos, Sumac, Old Man Gloom, Mamiffer, são sempre trabalhos inspiradores, com uma visão própria, fortes conceptualmente. Conclusão, a sua postura enquanto músico, artista, pensante, obriga-nos a tê-lo sempre em consideração e é notoriamente uma grande influência para todos!


Jakob – “Pneumonic”

Música de um dos melhores álbuns de post-rock feitos até hoje, o Solace (2006). Houve uma fase, mais nos primeiros concertos que demos, em que colocávamos esta música para arrumar o material do palco. Digamos que era aquela ajuda a relaxar pós catarse! Uma banda que infelizmente parece não ter a projeção merecida, mas que curtimos bastante, principalmente as ambiências de guitarra, os swells criados pelo guitarrista Jeff Boyle são estupidamente incríveis!


Russian Circles

Sempre nos acompanhou e influenciou. A forma como o Mike usava algumas técnicas de tapping, loops, despertou o interesse do Pedro Simões enquanto guitarrista. Prova disso é uma das partes que explorámos na nossa música “Theodora”, do EP. Outras progressões mais dissonantes e riffs pesados com uma sonoridade mais negra presentes no último disco, o Óreida, também resultam dessa influência. É uma banda que nos deixa curiosos, porque o som de cada instrumento está altamente trabalhado, damos por nós a ir pesquisar material, tentar perceber como eles fazem e conseguem chegar “àquele” tipo de som!



Bossk – Audio Noir

Foi talvez um dos álbuns do ano, no ano em que saiu, 2016, e continua a rodar de forma regular. Para além de ter uma produção de sonho, o álbum foi uma lufada de ar fresco para os nossos ouvidos e um abrir de novos horizontes. Sons de guitarra cristalinos, efeitos bem explorados, um som de baixo bem presente e pesadão, riffs pujantes que são uma chapada de som abrupta, passagens entre músicas altamente bem conseguidas. Os Bossk não jogam as cartas óbvias neste disco. De forma inconsciente, a nossa forma de compor também é um pouco essa, não tem de haver uma regra!




Amenra

Existe uma certa simplicidade de como executam os temas, e o bom desta banda é mesmo isso. A muralha de som que criam aliada a toda carga emocional do vocalista, é de uma força enorme, é densa! O facto de apostarem em riffs diretos e envolventes só os tornam mais coesos. Por vezes o som de uma banda tem de ser assim, tudo a remar para o mesmo lado e com a mesma força. Amenra é exatamente isso! E nós também gostamos disso!




Mogwai – “Rano Pano”

Este tema acaba por ser um hino ao post-rock, uma melodia de esperança que praticamente só nos faz querer fazer mais música. Conseguires tocar um riff vezes sem conta, sem te cansares, como fosse a última coisa que fosses tocar na vida. É um pouco a imagem que esta música nos transmite, e um pouco aquilo que tentamos transmitir ao público quando tocamos ao vivo. Tentar dar tudo, da forma mais simples, bela e genuína possível.




Se quiserem conhecer melhor JUSEPH aproveitem para os seguir através do Facebook ou pelo Bandcamp, onde podem comprar os seus trabalhos.




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