A Z U L  C A L C A N H O T T O

A Z U L  C A L C A N H O T T O

| Novembro 21, 2019 2:12 am

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| Novembro 21, 2019 2:12 am

Adriana Calcanhotto regressou a Portugal para findar a trilogia iniciada com Marítimo em 1998, enfrentou a Maré em 2008 e desembarcou num porto de abrigo com Margem em 2019. O Teatro Tivoli BBVA, em Lisboa, encheu-se de pessoas, no dia 16 de novembro, para a acolherem e lhe mostrarem “o seu bem-querer”. Adriana sentiu de perto esse apego.


Ao longo de quase duas horas de concerto, foi revisitando vários temas destes álbuns, acompanhada por Rafael Rocha (vocal, bateria, tambores, percussão, assobio), Bruno Di Lullo (contrabaixo) e Bem Gil (guitarra).

Os três trabalhos levam-nos a pensar o quanto Adriana gosta da brisa marítima, da maresia, tal como o sublinha num dos temas tocado no encore. O vento, a cor azulada das águas e os longos passeios à beira-mar certamente lhe darão o bem-estar, pessoal e criativo, de que a artista necessita.

A consciência para o estado dos oceanos e a chamada de atenção para as questões ambientais é uma constante também em alguns dos seus trabalhos mais recentes, nomeadamente no guarda-roupa, nos cenários em palco e nas artes visuais dos seus vídeos. O seu “figurino” é um alerta para os sucessivos atentados ecológicos que o mundo, diariamente, vai assistindo na televisão e nas redes sociais,
incomodado, mas infelizmente demasiado sereno.

“Ainda tem o seu perfume pela casa | Ainda tem você na sala | Porque o meu coração dispara…” Vambora!



Texto e Fotografia: Virgílio Santos
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