Juana Molina, Vladislav Delay, Lucrecia Dalt no arranque do gnration em 2020

| Dezembro 9, 2019 9:32 pm


Estão lançadas as primeiras apostas para o arranque do gnration em 2020. O músico finlandês Vladislav Delay, a artista sonora norueguesa Jana Winderen e a produtora colombiana Lucrecia Dalt são os destaque no programa de janeiro a março do espaço bracarense. A cantora argentina Juana Molina é a primeira confirmação para o trimestre de abril a junho.

O ano arrancará com um concerto dos bracarenses Mão Morta, que se apresentarão em formato reduzido para musicar A Casa na Praça Trubnaia, obra-prima do cineasta soviético Boris Barnet. O filme-concerto resulta de uma encomenda do festival de cinema famalicense Close Up e é apresentado no gnration a 17 de janeiro. 

A 25 de janeiro, o gnration receberá a reputada artista sonora norueguesa Jana Winderen para um concerto em quadrifonia. Spring Bloom in the Marginal Ice Zone, o mais recente capítulo de uma série de trabalhos onde revela os sons da vida debaixo de água, é o mote para a passagem de Winderen por Braga, que contará também com uma masterclass orientada pela própria.

20 anos depois da estreia a solo, o português The Legendary Tigerman regressa aos palcos novamente a solo. Acompanhado apenas da sua guitarra, um kit de bateria e um kazoo, One Man Band Tour levará Paulo Furtado ao gnration a 14 de fevereiro. 

O destaque maior do primeiro trimestre de 2020 é assinalado pela estreia mundial de Vladislav Delay Quintet. Depois da estreia em 2011 com Vladislav Delay Quartet, o finlandês regressa agora ao ensemble com mais um elemento. Sasu Ripatti (percussão e eletrónica), Lucio Capece (saxofone) e Derek Shirley (contrabaixo) juntam-se a Max Loderbauer (sintetizador Buchla) e Maria Bertel (trombone) para apresentar um espetáculo construído em residência artística. O concerto acontece a 21 de fevereiro.


No campo das artes digitais, o gnration apresentará uma série de sessões intituladas A Construção de um Index. Pensar a relação entre Arte, Ciência e Tecnologia e o papel do Erro no contexto de processos artísticos e tecnológicos é o mote para duas mesas redondas que vão contar com Marcel Weber (artista), Jana Nieder (cientista), João Ribas (curador), Fernando José Pereira (artista e professor), Elie Blanchard (artista), Salomé Lamas (cineasta), Karin Ohlenschläger (curadora) e Miguel Carvalhais (artista e professor). No mesmo dia, e integrado no evento, o ciclo de performance audiovisual Binário apresenta a performance Membrane, de Push 1 Stop & WikilowMarcel Weber, mais conhecido por MFO, dará a conhecer uma nova instalação audiovisual resultante de residência artística no âmbito do programa Scale Travels, projeto que alia arte e nanotecnologia, desenvolvido em colaboração com o INL – Laboratório Ibérico Internacional da Nanotecnologia, e que estará patente para visita até 6 de junho. 

Também no programa de instalações e exposições, o artista norte-americano Peter Burr apresenta a exposição Mode Confusion, onde explora o conceito de videojogo para apresentar um trabalho imersivo de um labirinto em constante mutação. Inaugura a 17 de janeiro e estará disponível para visita até 18 de abril. 

O mês de março arranca no dia 6 com o baterista português Gabriel Ferrandini. Volúpias, o seu primeiro álbum em nome próprio, será apresentado na companhia do pianista e compositor alemão Alexander von Schlippenbach. O encontro servirá também para uma residência artística e uma sessão de gravação em estúdio.

A 14, dois universos distintos da música eletrónica encontram-se em Braga. O produtor libanês Radwan Ghazi Moumneh, cérebro máximo dos Jerusalem in My Heart, apresenta o mais recente disco Daqa’iq Tudaiq. Lucrecia Dalt, produtora colombiana, fará a sua segunda passagem por Braga, desta vez para apresentar o admirável disco Anticlines, que recebeu o selo da respeitada editora americana RVNG Intl. em maio de 2018. 

A 27 de março, o Trabalho da Casa, ciclo que promove a criação e a apresentação de novos trabalhos por artistas locais, juntará em concerto conjunto duas bandas de diferentes gerações: La Resistance e The Nancy Spungen X

A cantora e compositora argentina Juana Molina é a primeira confirmação para o trimestre de abril a junho. Rara (1996), o seu álbum de estreia, foi um dos percussores da chamada “folktrónica”, estilo que continuou a explorar até ao mais recente Halo, sétimo disco de um longo e respeitado percurso. Ainda este ano, Molina editou o EP Forfun, em que dá a conhecer um conjunto de versões punk para quatro das suas canções. Depois de uma última passagem pelo nosso país no festival NOS Alive, em 2018,  a cantora argentina regressa para um concerto em Braga a 9 de abril. Os bilhetes custam 9 euros. 

Os bilhetes para o trimestre jan-mar 2020 e para o espetáculo de Juana Molina já podem ser adquiridos em bol.pt, balcão gnration e locais habituais.



FacebookTwitter