7 ao mês com Benthik Zone

7 ao mês com Benthik Zone

| Maio 15, 2020 4:10 pm

7 ao mês com Benthik Zone

| Maio 15, 2020 4:10 pm

Nesta edição do 7 ao mês falamos com os Benthik Zone, uma dupla de black metal atmosférico do Porto formada em 2016. Durante os seus quatro anos de existência lançaram 5 discos pela UNDERWATER RECORDS e ainda em janeiro deste ano, disponibilizaram o tema “Metaphysics from the Eleventh Dimension”. As escolhas de Artur Leão e Francisco Braga – a dupla que compõe os Benthik Zone – refletem os 7 lançamentos que mais os influenciaram enquanto artistas, e são também as nossas sugestões para esta edição do 7 ao mês.



Malicorne – Les Cathédrales de l’Industrie (Celluloid Records, 1986)


Canções de embalar que já nos marcam desde a infância. Música folclórica francesa cheia de vida, que provoca uma tranquilidade imensa no ouvinte especialmente por causa da voz angelical da Marie Sauvet. Contendo referências à Mitologia pagã, ideal para ouvir em noites de convívio com amigos.



Windir – Arntor (Head Not Found, 1999)
Vocais estridentes e agudos, com uma fúria que penetra o corpo, melodias épicas e enternecedoras que impelem no ouvinte um misto de coragem e tristeza, ambos sentimentos que integram as vivências e experiências que originaram o nosso projeto. Para ouvir em longas caminhadas matinais. 




Elffor – Heriotz Sustraiak (Self-released, 2012)
Uma referência no que concerne aos vocais arrastados e pungentes, são melodias épicas que vão diretas ao coração e elevam o espírito. Com uma composição memorável e um ritmo minuciosamente pensado, é uma música que nos transporta para um mundo ficcional de floresta repleta de clareiras em que a lucidez se mantêm apesar da densidade, falta de luz e desorientação ao longo da caminhada.








Valentin Stip – Sigh (Other People, 2014)





Atmosferas de tempos distantes, movimentos pendulares em espaços micro e macro cósmicos. Um equilíbrio entre ambas as partes, todos os estados de existência e não-existência passam a coincidir numa só energia, que funciona como um elemento que tanto interliga e une como desagrega.

Goran Vejvoda – Etats hautement réverbérés (Signature / Radio France, 2014)
Uma viagem por um universo muito característico de Goran em que o astral se interliga com o espiritual e onde surgem alguns vestígios de um caracter onírico, tribal e ritualístico. É um conjunto de músicas que nos leva para o universo da ficção científica, onde não há limites para a nossa imaginação, onde o vazio nos faz arrepios à flor da pele. Uma grande influencia no que diz respeito aos fragmentos mais ambientais da nossa música. 
Abul Mogard – Works (Ecstatic Recordings, 2016)
O sentimento é de transcendência permanente, onde numa aparente elementaridade sónica encontramos complexidade num universo simples. O efeito obtido através do refinamento dos tons e das suas texturas, é de simbiose com a própria vontade de ser e estar do ouvinte, puxando-a de dentro para fora, apenas para descobrir que no final permanece no âmago.
Caïna – Christ Clad in White Phosphorus (Never Stop The Madness, 2016)

Este talvez foi a obra mais impactante a respeito do modo como elaboramos a componente industrial do nosso projecto. Completamente visceral, esventra a máquina humana e coloca as peças que a formam sobre uma mesa, preparadas para ser montadas de formas nunca antes imaginadas.





Aproveitem para seguir os Benthik Zone no facebook e passem pelo seu bandcamp para estarem a par dos seus últimos lançamentos.

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