O novo disco de The Joy of Nature mostra como se faz ambient folk nos Açores

| Novembro 17, 2020 4:56 pm
O novo disco de The Joy of Nature mostra como se faz dark folk nos Açores


The Joy Of Nature é o projeto a solo do músico Luís Couto que começou as primeiras pisadas no mundo da música corria o ano de 1999. Prolífero em termos de criação e composição, o artista tem desde então colocado cá para fora incontáveis edições onde a folk é esculpida ao pormenor e levada a todas as direções a que tem direito. Cinco anos a trabalhar em compilações e alguns singles suspensos, serviram para dar forma a Until Only Mountain Remains, o longa-duração que vem dar seguimento a A Roda do Tempo (2015). Num mundo percebido como complexo e artificial, este novo trabalho pretende criar um regresso à simplicidade e pureza, em composições de desenvolvimento lento que emanam uma sensação celestina ímpar. Nele The Joy of Nature cria um retrato das paisagens açorianas com um certo toque místico de fantasia, onde a folk e a exploração das atmosferas ambient lhe conferem uma aura algures clássica, vitoriana e muito natural.

Composto por treze faixas envolvidas pela inércia da suavidade, Until Only Mountain Remains aporta uma música que, tal como as letras, foi inspirada na poesia taoísta, mostrando a faceta mais contemplativa do projeto. Esse lado doce é notório logo nos primeiros segundos que pintam “even the floating world will pass” – o tema de abertura – e continua iminente nas composições que o sucedem, até “wait for me by the winter stream”, o tema que encerra o disco com amplo foco na exploração da guitarra. O álbum contou com as colaborações de J. Aernus (Wolfskin, Karnnos), Troy Southgate (H.E.R.R., Seelenlicht), Sandro Menino (Cotard Delusion, Sid & The Fall, etc.), Biagio Verdolini (Rapeciâz) e Conceição Raposo e pode ser descoberto na íntegra abaixo.


Until Only The Mountain Remains foi lançado a 30 de julho em formato CD e digital pelo selo italiano Dornwald Records.



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