sexta-feira, 25 de setembro de 2020
STREAM: Anna von Hausswolff - All Thoughts Fly
A magia de Oneohtrix Point Never está de volta
Chama-se Magic Oneohtrix Point Never e é o próximo trabalho do músico e produtor americano Daniel Lopatin. O décimo longa-duração de Oneohtrix Point Never aterra no próximo dia 30 de outubro pela Warp e os seus primeiros avanços – “Cross Talk I”, “Auto & Allo” e “Long Road Home”, com participação de Caroline Polachek – já se encontram disponíveis.
O anúncio vem no seguimento de um teaser partilhado horas antes no perfil de Instagram de Lopatin, cujo áudio e grafismos remetem para a fase embrionária do produtor (o título deste lançamento é uma referência direta ao pseudónimo usado por Lopatin em 2007, ano em que lançou o seminal Betrayed in the Octagon). Composto por 17 temas inéditos, Magic Oneohtrix Point Never inspira-se nos formatos de rádio clássicos da América e sucede o par de EPs lançados em 2018, The Station e Love in the Time of Lexapro.
No ano passado, Lopatin juntou-se aos irmãos Safdie – com quem já havia colaborado em Good Time, em 2017 – para a produção da banda-sonora do último e aclamado filme dos americanos, Uncut Gems. O seu último álbum de estúdio como OPN, Age Of, saiu em junho de 2018.
Podem escutar os três temas de Magic Oneohtrix Point Never, reúnidos no single “Drive Time Suite”, em baixo.
Tracklist
01. Cross Talk I
02. Auto & Allo
03. Long Road Home
04. Cross Talk II
05. I Don’t Love Me Anymore
06. Bow Ecco
07. The Whether Channel
08. No Nightmares
09. Cross Talk III
10. Tales From The Trash Stratum 11. Answering Machine
12. Imago
13. Cross Talk IV / Radio Lonelys
14. Lost But Never Alone
15. Shifting
16. Wave Idea
17. Nothing’s Special
quinta-feira, 24 de setembro de 2020
STREAM: Bríi - Entre Tudo o que é Visto e Oculto
Já se encontra disponível online e em formato k7 Entre Tudo o que é Visto e Oculto, o disco de estreia de Bríi. Na senda daquela que é a rica tradição de experimentação no campo do black metal e envolto na aura de mistério e anonimato que, desde os seus primórdios, caracterizam o género, Bríi eleva a música de contornos extremos a todo um novo patamar. Uma mistura de texturas - atmosféricas, electrónicas e sons tradicionais brasileiros - transforma a sua estreia em Entre Tudo o que é Visto e Oculto numa espécie de magnum opus de um homem só.
Os Landowner lançam o seu novo LP "Consultant" esta semana
Os Landowner são Dan Shaw, Josh Owsley, Elliot Hughes, Jeff Gilmartin, e Josh Daniel. Este quinteto é oriundo de Holyoke, uma pequena cidade localizada nos EUA, e vão lançar no dia 25 deste mês Consultant, o seu mais recente LP e o segundo com a chancela da Born Yesterday Records, uma editora baseada em Chicago. O sucessor de Blatant promete mais post-punk sobre angústia suburbana, fake-news e paranóia. Fãs dos Protomartyr, dos Minutemen, dos Dead Kennedys e de todas as restantes formas de punk e post-punk rápido: têm aqui um disco para o vosso outono. Enquanto esperam por Consultant, podem ouvir os singles "Phantom Vibration" e "Being Told You're Wrong", entretanto libertados pelos Landowner na sua página oficial do bandcamp.
HHY & The Kampala Unit anunciam álbum de estreia, Lithium Blast, pela Nyege Nyege Tapes
A Nyege Nyege Tapes é responsável pelo lançamento de Lithium Blast, álbum de estreia de HHY & The Kampala Unit. O projeto conduzido pelo português Jonathan Saldanha aterra a 22 de outubro na editora de Kampala, Uganda, e o primeiro single, homónimo, já é conhecido.
“Misturando dub, techno, percussão tradicional e elementos de trance sob passagens cinematográficas fantasmagóricas e inquietantes”, lê-se nas notas de lançamento, Lithium Blast reúne os talentos de Saldanha nas eletrónicas e produção, Florence Lugemwa no trompete e Omutaba na percussão e bateria híbrida, com arranjos adicionais de Don Zilla (voz), Diogo Tudela (sons sintéticos) e da Kampala Prison Brass Band (metais).
Em junho deste ano, Jonathan Saldanha estreou-se nas edições pela Nyege Nyege Tapes com Camouflage Vector: Edits From Live Actions 2017-2019, o mais recente álbum do ensemble portuense HHY & The Macumbas que reúne gravações ao vivo do grupo entre 2017 e 2019.
Lithium Blast foi gravado no Boutiq Studio, em Kampala, e masterizado no Angstrom Studio, em Bruxelas, por Frederic Alstadt. A capa, que podem encontrar em baixo juntamente com a tracklist do disco, recebe a assinatura de Joana Pestana e Daniel Martins.
O vídeo para "Lithium Blast", dirigido por Saldanha, também já pode ser conferido em baixo.
1. Bursting Thru The Gates
2. Hunter
3. Mesh Intensifier
4. Queendom
5. Curse Go Back
6. Fission Core Fluid
7. Catastrophism
8. Science of Dust
9. Gun
10. Lithium Blast
quarta-feira, 23 de setembro de 2020
Délage sofre de amores em Twist And Doubt
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© Carlijn Fransen |
terça-feira, 22 de setembro de 2020
O outono traz consigo um novo disco dos Fleet Foxes
Às 14h31 do dia de hoje, 22 de setembro, celebrou-se o equinócio de outono, ocasião enaltecida pelos Fleet Foxes com o lançamento de um novo trabalho de originais.
Shore é o quarto álbum de estúdio do grupo responsável pelo melhor da indie e chamber folk que pudemos escutar nas últimas décadas e chega-nos de surpresa aos ouvidos com 14 novos temas, que se estendem ao longo de quase uma hora. Com algumas pistas deixadas pelo vocalista Robin Pecknold num concerto em formato streaming no mês passado, onde apresentou pela primeira vez o tema "Featherweight", e com um aviso prévio de apenas 24 horas de que o novo álbum estava a caminho, o sucessor de Crack-up (2017) foi gravado durante os últimos dois anos, em cidades como Manhattan, Long Island City, Paris, Los Angeles, e ainda no the National’s Long Pond Studio em Hudson, tendo sido finalizado no início deste mês.
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Artwork de Shore |
Robin Pecknold contou com uma vasto leque de colaboradores em Shore, entre eles Hamilton Leithauser, Kevin Morby, Daniel Rossen e Chris Bear dos Grizzly Bear, Uwade Akhere, Tim Bernardes, entre muitos outros artistas. Em comunicado oficial, Peckold explicou que Shore foi fortemente influenciado por Arthur Russell, Nina Simone, João Gilberto, Sam Cooke, e muitos mais. O artista afirmou ainda que:
“I wanted to make an album that celebrated life in the face of death, honoring our lost musical heroes explicitly in the lyrics and carrying them with me musically, committing to living fully and vibrantly in a way they no longer can, in a way they maybe couldn’t even when they were with us, despite the joy they brought to so many […] I see “shore” as a place of safety on the edge of something uncertain, staring at Whitman’s waves reciting “death,” tempted by the adventure of the unknown at the same time you are relishing the comfort of the stable ground beneath you. This was the mindset I found, the fuel I found, for making this album.”
Fotogaleria: Ondness + Folclore Impressionista [MAAT, Lisboa]
segunda-feira, 21 de setembro de 2020
“Atira-me Água Benta” - GNR no Lisboa ao Palco
"Atira-me Água Benta" é um verso do tema “Vídeo Maria” (1988), que provocou polémica social e alguma celeuma nos media por alegadas heresias constantes na letra.
Minuit Machine regressam às edições no próximo mês
Cerca de um ano e meio após a edição do esgotadíssimo Infrarouge (2019, Synth Religion) Minuit Machine - o projeto de sintetizadores e caixas de ritmo de Hélène de Thoury (instrumentais) e Amandine Stioui (voz) - regressa às edições no formato curta-duração com o EP Don't Run From The Fire. Sem descurar dos sintetizadores disruptivos e emocionais que têm caracterizado o trabalho da dupla em Don't Run From The Fire, as Minuit Machine conduzem os sistemas de som para uma gama brutal onde o electro-industrial e o EBM começam a ganhar vida. De acordo com a nota de imprensa Don't Run From The Fire aborda temas como o medo e o desejo, que afetam profundamente a estabilidade emocional de qualquer ser humano. Refletindo o cenário de fuga ou de congelamento, Don't Run From The Fire é um disco projetado para dar um certo controlo ao ouvinte quando o mundo parece caótico e perigoso.
O quinto trabalho da dupla contará com quatro temas inéditos e chega já no próximo mês de outubro. Composto com o objetivo de nos fazer lutar por quem nós somos e quem nos queremos tornar, em Don't Run From The Fire a eletrónica negra e densa pretende fazer-nos entender o que queremos e aceitar isso sem remorsos. O primeiro tema de avanço chega às prateleiras no próximo dia 2 de outubro. Até lá, é sintonizar.
Don't Run From The Fire tem data de lançamento prevista para 16 de outubro em formato vinil, digital e CD pelo selo francês Synth Religion. As pre-orders para o disco são disponibilizadas a partir do próximo dia 2 de outubro.
01. Don't Run From The Fire
02. Danger
03. Lovers Of The Night
04. To Control
Misfit Trauma Queen - "EnterNoise" (video) [Threshold Premiere]
Cerca de dez meses após ter colocado cá para fora o primeiro vídeo de promoção de Violent Blue para o tema "GlassJaw", Misfit Trauma Queen regressa à produção audiovisual com "EnterNoise", uma das mais poderosas faixas a incorporar o seu disco de estreia a solo. O produtor e baterista que, desde 2019, tem mostrado o seu engenho em construir uma máquina de som poderosa entre a nova escola da EBM europeia e uma corrente vanguardista dentro do cenário português, apresentou em Violent Blue a sua sonoridade densa, rica em poder e imersão que ganha agora um novo capítulo audiovisual com "EnterNoise". Assumido fã de David Lynch, Misfit Trauma Queen nunca escondeu as influências que o trabalho do diretor americano reflete na sua obra. Essa abordagem é agora pormenorizada no clipe de "EnterNoise", onde se absorvem outras ténues linhas do cinema surrealista e experimental que proporcionam um dinamismo singular ao resultado final.
Numa das mais abrasivas faixas do disco, a remeter o ouvinte para horizontes que cruzam desde a synthwave estimulante ao techno neu deutsch, Misfit Trauma Queen cria uma nova história fervorosa num cenário profundamente bizzaro e alucinogénio. "EnterNoise" inicia num poema visual em escala monocromática, dentro de um edifício aparentemente abandonado. Com o ritmo a fazer escutar-se começam os primeiros strobes a detalhar os pormenores de uma rave para a qual não fomos convidados. A eletrónica puxada de Misfit Trauma Queen urge ao cenário de destruição do ato de conformismo perante um mundo que inevitavelmente tomará um fim, num som visceral que pretende tornar-se um estímulo aos agentes da mudança. Se querem ser um deles, a injeção de adrenalina pode tomar-se abaixo.
Violent Blue foi editado a 7 de fevereiro de 2020 em formato CD e digital pelo selo Regulator Records. Caso ainda não o tenham feito podem comprar a vossa cópia física aqui.
domingo, 20 de setembro de 2020
Anytime Cowboy regressa em outubro com novo EP
O artista e designer gráfico Reuben Sawyer (The Column, Window...) regressa ao ataque com o seu projeto a solo Anytime Cowboy já no próximo mês de outubro. O fruto é Damaged Brain, o novo EP de quatro temas que volta a apostar nas tendências estéticas do surf-rock deprimido e lo-fi que estiveram em primazia no LP de estreia homónimo. Agora, em formato curta-duração é, através de quatro novos temas a refletir uma paisagem cómica e perturbada da cultura americana que Anytime Cowboy promete trazer em pleno um novo prato de entretenimento caseiro.
Com a divulgação do novo lançamento e pormenores de Damaged Brain Anytime Cowboy avançou também com o primeiro tema de avanço, "Shit Stays On The Moon", um cocktail acústico de rock psicadélico com a personalidade lo-fi e solarenga made in California, para escutar abaixo.
Damaged Brain tem data de lançamento prevista para 2 de outubro em formato cassete e digital pelo selo Third Coming Records. Podem fazer a pre-order do disco aqui.
Damaged Brain Tracklist:
01. Shit Stains on the Moon
02. Hoarders Den
03. Damaged Brain
04. Why Are You So Porous?
Dame Area têm novo vídeo para o electro-industrial "La Notte é Oscura"
A dupla espanhola Dame Area chamou a atenção ainda no início do ano pela sua abordagem industrial em ambiente eletrónico com a edição de La Soluzione é Una, disco arrojado na abordagem sonora com tendência estilísticas a roçarem entre um movimento de vanguarda e um período de excentricidade minimal. Depois de terem trabalhado com maior afinco ao redor de uma exploração de elementos tribais, no novo disco, a banda aposta em força em ambientes conduzidos por uma percussão metálica, sintetizadores vibrantes e harpejos translúcidos por forma a criar uma experiência sonora densa entre ritmo, melodia e decadência instrumental. Cerca de seis meses após terem colocado cá para fora este La Soluzione é Una, Silvia Konstance e Viktor Lux Crux regressam ao posto de escuta graças ao novo trabalho audiovisual em promoção do tema "La Notte É Oscura".
Sem margem de dúvidas um dos mais aclamados temas de La Soluzione É Una, este "La Notte É Oscura" mostra como os Dame Area têm um caminho altamente promissor pela frente. Influenciados pela velha escola de sintetizadores e caixas de ritmo com as experimentações modernas, no vídeo que desenharam para acompanhar o ritmo os Dame Area distorcem as imagens num jogo de cores absolutamente alucinogénio. Fãs de nomes como DAF, Cabaret Voltaire ou Essaie Pas vão encontrar em Dame Area um grande cocktail de industrial sudorífero para consumir com astúcia ao clicar no play.
La Soluzione é Una foi editado a 31 de março em formato vinil e digital pelo próprio selo da banda Màgia Roja. Podem comprar a vossa edição aqui.
Griffit Vigo antecipa o futuro do gqom em 'I Am Gqom'
I Am Gqom é o aguardado álbum de estreia do jovem produtor sul-africano Griffit Vigo. Composto por oito temas inéditos e uma remasterização do hino global "Rees Vibe", o álbum promete trazer a autoproclamda "lenda do Gqom" – expressão frenética vinda dos subúrbios de Durban – de volta à vanguarda da música club contemporânea.
Descrito pela sul-africana Gqom Oh! – que carimba este lançamento – como "uma viagem pela herança ancestral de Griffit Vigo e sua visão para o futuro da música Gqom", o álbum sucede o EP Gqom Will Never Die, lançado em maio deste ano, e o anterior single "DJ", de 2018. Em 2019, o produtor integrou o alinhamento da cantora-produtora americana Laurel Halo no seu mix para a série DJ-Kicks.
O conceito visual e a jornada auditiva de I Am Gqom inspiram-se na cultura Zulu antiga e nos compostos conhecidos como kraals, utilizados como locais de adoração ritualística. Assim, Vigo visa criar um kraal metafórico através da sua música – para si, para o ouvinte e a para a nova geração de artistas gqom.
O álbum encontra-se disponível em todas as plataformas digitais a partir do dia 20 de outubro, sendo que podem escutar já um pequeno preview no Soundcloud da Gqom Oh!.