SOPHIE, nome maior da nova pop eletrónica de vanguarda, morre aos 34 anos

| Janeiro 30, 2021 3:21 pm

Faleceu a DJ e produtora escocesa SOPHIE, um dos nomes da frente da nova pop eletrónica de vanguarda. A notícia foi avançada pelos seus representantes, que afirmam que a artista de 34 anos terá sofrido um “acidente súbito” na madrugada de sábado.

“É com profunda tristeza que informamos que a música e produtora SOPHIE morreu esta madrugada, por volta das quatro da manhã em Atenas, onde vivia”, pode ler-se na nota enviada à imprensa. “Neste momento, o respeito e a privacidade para a família são a nossa prioridade. Também pedimos respeito aos seus fãs para que a natureza privada desta notícia seja tratada com sensibilidade”.

A Transgressive, editora da escocesa, acrescenta: “fiel à sua espiritualidade, Sophie escalou para ver a lua cheia e, acidentalmente, escorregou e caiu”. A Numbers, que editou os seus primeiros singles, descreveu-a como uma “pioneira de uma nova sonoridade e uma das artistas mais influentes da última década”.

Sophie Xeon nasceu em Glasgow, em 1986, e lançou o seu primeiro single, “Nothing More To Say”, em 2013. O seu sucessor, “Bipp”, foi pioneiro no desenvolvimento de uma nova pop, mutante e altamente contagiante, e valeu-lhe aclamação e falatório a nível global. Este lançamento foi sucedido por uma série de singles que incluem hinos musculados como “Lemonade”, “Hard” ou “Vyzee”, posteriormente reúnidos na compilação PRODUCT, editada em 2015.

O seu álbum de estreia,  Oil of Every Pearl’s Un-Insides, chegou em 2018, um ano depois da escocesa, até então uma artista reclusiva, ter revelado a sua cara ao público pela primeira vez. “It’s Okay to Cry”, destemida balada pop que revelou a sua identidade transgénero, foi o seu primeiro avanço. O álbum, mundialmente aclamado, foi nomeado para o Grammy de Melhor Álbum de Dança e Eletrónica, fazendo de SOPHIE a primeira artista transgénero a ser indicada para o maior galardão da indústria musical.

Para além do visionário corpo de trabalho a solo, destacam-se as ínúmeras colaborações com astros da pop como Lady Gaga, Madonna e Charli XCX, com quem manteve uma profícua relação criativa (o EP Vroom Vroom foi seminal na construção de uma nova pop futurista).

“UNISIL”, um 12’’ que inclui uma remistura dos ingleses Autechre, é o seu mais recente lançamento.


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