Anne Imhof, Pan Daijing e Sarah Davachi na 3ª edição da BoCA Bienal

| Agosto 30, 2021 12:29 am

De 3 de setembro a 17 de outubro, as cidades de Lisboa, Almada e Faro recebem a terceira edição da BoCA – Biennial of Contemporary Arts. Sob o mote “Prove You Are Human” (“Prova Que És Humano”, em português), a edição de 2021 do evento “extradisciplinar” propõe um ambicioso programa que “combina diferentes ritmos de projetos e de relações com artistas e instituições, apoiando-se numa transição de processos de produção e de criação, integrados, plurais e sustentáveis”.

O evento, que se realizou pela última vez em Lisboa, Porto e Braga, em 2019, vai apresentar dez estreias nacionais e 17 novas criações de mais de 40 artistas contemporâneos em 26 espaços de apresentação.

A coreógrafa e artista visual alemã Anne Imhof, premiada com o Leão de Ouro na Bienal de Veneza de 2017 pela sua performance Faust, registada posteriormente num luxoso LP pela germânica PAN, é um dos destaques deste ano e irá apresentar uma vídeo-instalação que nasce da colaboração com a sua companheira Eliza Douglas. “Untitled (Wave)” será exibido na Capela das Albertas do Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa, onde se refletirá sobre o feminino e a sua condição histórica num espaço anteriormente habitado apenas por mulheres em reclusão.

No campo da música, destaque para a estreia em território nacional da compositora e performer chinesa Pan Daijing, que editou o seu terceiro álbum, Jade 玉观音, pela PAN em junho. “Half a Name”, performance musical site-specific, será apresentada ao vivo no Panteão Nacional, em Lisboa, no dia 9 de outubro e explora as possibilidades do arquivo performativo no contexto da narrativa experimental.

Também Sarah Davachi, um dos fenónenos recentes da nova produção contemporânea, estará na bienal para um espetáculo no Santuário do Cristo Rei, em Almada. A 18 de setembro, a compositora canadiana apresenta, pela primeira vez em Portugal, a peça para orgão “Antiphonals”, focada na experiência vertical da textura musical e no alongamento das progressões intervalares através do domínio horizontal.

Entre outras propostas, sublinha-se a estreia de Andy, a primeira criação de palco do cineasta norte-americano Gus Van Sant inspirada na história de Andy Warhol; o primeiro texto teatral escrito pela rapper portuguesa Capicua; e os concertos de Papillons d’Éternité e Gabriel Ferrandini.

O plano completo de eventos pode ser consultado aqui. 

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