James Ferraro, Maurice Louca ou Elvin Brandhi na segunda edição do festival A Colina

| Novembro 15, 2021 2:44 pm

Nos dias 26, 27 e 28 de novembro, as artes emergentes regressam a Setúbal. A segunda edição do festival multidisciplinar A Colina, que este ano decorre no Centro de Criação Artística A Gráfica, tem como objetivo descentralizar, incluir e unir “na periferia todos os outsiders que por norma só encontram espaço dentro das suas próprias bolhas”, mantendo a premissa de juntar valores emergentes da música nacional com nomes estabelecidos do panorama independente mundial. O produtor americano James Ferraro, o músico egípcio Maurice Louca e a performer britânica Elvin Brandhi são alguns dos destaques desta edição.

Figura provocadora da viragem do século e um dos mais influentes músicos da última década, James Ferraro teceu, a par de Daniel Lopatin ou o comparsa Spencer Clark, parceiro de crime em aventuras comos os Skaters ou The Temple Defectors, os manuais da pop hipnagógica. O seu mais recente álbum, Terminus, é a terceira de quatro peças que formam Four Pieces For Mirai, ensaio sobre o declínio evidente dos nossos tempos que deverá servir como mote para a estreia do americano no festival sadino, dia 27 de novembro.

Maurice Louca, figura de proa de uma nova e excitante cena musical do Cairo e um dos três pontos cardeais que formam os exploradores folk The Dwarfs of East Agouza, vai apresentar o seu mais recente álbum Saet El-Hazz (The Luck Hour), sucessor do muito aplaudido Elephantine (2019), com um espetáculo a solo no dia 26 de novembro. Antes, o guitarrista egípcio passa por Lisboa para um concerto na Galeria Zé dos Bois.

Elvin Brandhi talhou, ao lado do seu pai, com quem forma o duo Yeah You (atuaram em 2020 no MAAT, em Lisboa), um dos mais disruptivos corpos de trabalho nos campos mais ruídosos da música experimental; colaborou com os lendários Pat Thomas e Tony Allen, baterista de sempre de Fela Kuti, e assinou um dos mais admiráveis registos do ano transacto em Headroof, projeto que a juntou a Don Zilla e vários figuras seminais do coletivo Nyege Nyege Tapes. Este ano, a artista galesa integrou o alinhamento de Apocope, o segundo compêndio do colectivo nómada C.A.N.V.A.S.

O Carro de Fogo de Sei Miguel, Jejuno, Noiva, Maria da Rocha e Max & Dade & Tsuri, entre outros, são algumas das restantes propostas do festival para a edição deste ano, organizada em parceria pela Câmara Municipal de Setúbal e o Coletivo Colinas.

Em 2019, a edição piloto d’A Colina decorreu em vários espaços de Setúbal com nomes como Panda Bear, Proc Fiskal, Malibu ou Maria Reis. Os bilhetes já se encontram disponíveis a custos que variam entre os 6€ (diário) e os 10€ (passe geral).

Actualização: Por motivos alheios à organização, os concertos de Maurice Louca e Elvin Brandhi foram cancelados. Visitante (Luar Domatrix, Yong Yong) ocupará o lugar do músico egípcio, Elvin Brandhi será substituída por uma apresentação audiovisual de sua autoria feita exclusivamente para o festival.

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