Super Bock em Stock 2021: o regresso da correria à Avenida da Liberdade

Super Bock em Stock 2021: o regresso da correria à Avenida da Liberdade

| Novembro 22, 2021 10:41 pm
Iceage Super Bock em Stock

Super Bock em Stock 2021: o regresso da correria à Avenida da Liberdade

| Novembro 22, 2021 10:41 pm

Foi nos dias 19 e 20 de novembro que a Avenida da Liberdade voltou a ganhar vida, praticamente 2 anos após o começo da pandemia que a todos nos assolou. O Super Bock em Stock, voltado a esta nomenclatura em 2018, decorreu dentro da normalidade possível, com milhares de pessoas a percorrer os caminhos da baixa lisboeta para ouvir música ao vivo e dançar um pouco. Para muitas delas foi a primeira experiência de festival em pandemia, embora o uso de máscara dentro das salas fosse algo raro de se ver.

No primeiro dia, após esperar um pouco na fila das pulseiras, começámos por assistir a Mundo Segundo & Sam The Kid no Coliseu. Uma boa introdução para o festival, que atraiu principalmente os interessados pelo lado mais tradicional do hip hop tuga. Seguiu-se o rapper londrino Jelani Blackman no Capitólio, que conseguiu conquistar o seu público numa incendiária sonoridade trap misturada com grime. Após este concerto, deslocamo-nos até ao Coliseu para assistir à grande atração da noite, Django Django. Um espetáculo bastante intenso e mexido, que levou o público a dar uns passos de dança ao ritmo da banda britânica. Lava La Rue foi a artista seguinte na nossa agenda. Uma fusão agradável entre R&B e hip hop levou o Capitólio gradualmente a atrair pessoas que decerto se divertiram. Mas o prémio “Grande Surpresa da Noite” vai para Sports Team, que embora não tenhamos conseguido fotografar, rebentaram completamente com o Rossio num concerto como já não víamos desde antes da pandemia. Será que os comboios conseguiram andar normalmente?

Lava La Rue Super Bock em Stock

As festividades do segundo dia começaram com Benny Sings. O artista holandês inundou o Capitólio com o seu divertido indie rock, só faltou mesmo ter aparecido Mac DeMarco para tocar a música que têm em conjunto… Seguiu-se na Estação do Rossio Primeira Dama & Sua Banda, uma fusão entre shoegaze e pop lisboeta que nos deixou bem quentinhos e preparados para a primeira explosão da noite. Iceage e o seu punk rock característico rebentaram completamente com o Coliseu, passando por clássicos como “Forever”, mas não esquecendo as malhas “Shelter Song” e “High and Hurt” do novo álbum, Seek Shelter. Foi de facto um dos melhores concertos do ano, tendo em conta a escassez de cultura que infelizmente experienciámos em 2021. Pouco antes deste espetáculo ter acabado, fomos em passo de corrida ao Tivoli para assistir à outra explosão (embora diferente) da noite. David & Miguel, não esquecendo o enorme “Marquito” Duarte e António Bandeiras, brindaram-nos com as grandes músicas do seu álbum, Palavras Cruzadas. Uma enorme diversão tanto para os presentes, como para os artistas em palco, aliada às malhas que iam tocando. Quem é a Sónia? Ninguém sabe, mas toda a gente cantou o seu nome.

David & Miguel Super Bock em Stock

E foi assim a nossa passagem por este festival, resta-nos agora esperar que não voltemos a ficar privados de cultura por muito mais tempo.

Até para o ano, Super Bock em Stock (se a pandemia nos deixar).

 

Fotografia: Daniela Oliveira

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