Ombra Festival 2021 [Utopia 126, Barcelona]

Ombra Festival 2021 [Utopia 126, Barcelona]

| Dezembro 28, 2021 11:54 pm
Reportagem: Ombra Festival 2021 [Utopia 126, Barcelona]

Ombra Festival 2021 [Utopia 126, Barcelona]

| Dezembro 28, 2021 11:54 pm

Barcelona recebeu, entre os passados dias 25 e 28 de novembro, a terceira edição do Ombra Festival. O festival, em rápido crescimento, que se propõe como um encontro de sonoridades invulgares e que nas edições já tinha acolhido artistas como Vox Low, Zanias, DAF, Pankow, Dive, Psyche e Trissomie 21, assumiu pela primeira vez o formato de três (mais um) dias e que, à semelhança da edição de 2019, foi acolhido no Utopia 126: uma antiga fábrica têxtil modernista convertida em espaço de espetáculos ainda assumida e orgulhosamente ostentando as marcas do desuso e abandono do seu passado recente – e o estilo original – que lhe conferem ainda mais charme e autenticidade, além da criatividade que permite na utilização dos seus espaços. A solarenga Ciutat Comdal abençoou o evento com a ausência de chuva mas com, segundo os locais, um frio intenso e invulgar que na prática só contribuiu para aumentar a vontade de dançar das pessoas presentes neste singular evento.

O festival arrancou com um reservado Opening Day ao meio-dia de 25 de novembro nas instalações da antiga Prisão La Model com um programa preenchidíssimo de eventos e atividades que incluíram workshops de bases rítmicas e de construção de um drone modular, assim como variadas entrevistas, palestras, conferências, debates e instalações artísticas e audiovisuais. Destaque para a apresentação de uma seleção de curtas eróticas de Erika Lust musicadas ao vivo por She’s on Tape (um projeto de Mimik) unicamente com recurso a walkmans e cassetes e, também, para uma muito antecipada performance transgressora pelos lendários La Fura Dels Baus. Para quem já vinha com gosto de começar a ensaiar os seus passos de dança estava anunciada uma primeira after party no Moog, que propunha DJ sets de L.F.T. (que voltaria à programação do festival em formato live) e de Ruben Seoane.

Ombra Festival 2021 - Ambiente

Ombra Festival 2021 – Ambiente

Foi na sexta-feira, dia 26, que a mais aguardada parte da programação musical do Festival Ombra teve início. Foi um dia particularmente afetado por alterações no cartaz em relação aos nomes inicialmente anunciados, tendo mais notavelmente ficado por preencher a ausência de última hora dos muito antecipados Linea Aspera, que terá motivado – assumimos – uma hora de abertura de portas mais tardia: às 16h00 em contraste com as 12h00 dos restantes dias. E foi no Utopia 126 que o Ombra Festival encontrou o seu lugar: um espaço amplo ainda que quiçá um pouco pequeno para o número de pessoas presentes – particularmente num momento de pandemia – mas que de resto seria bastante acolhedor e adequado às dimensões do festival. Com uma sala generosa para várias tendas de merchandising (muitas vezes animada por escolha musical de um DJ) e duas salas de grandes dimensões para o evento denominadas de palco Ombra (palco principal que acolheu uma grande maioria dos concertos e atuações ao vivo) e de palco Operator (um palco secundário, não tão inferior em área ao primeiro mas mais estreito e longo, que acolheu maioritariamente DJs e live sets). Em redor de uma imponente (e resistente) chaminé da antiga fábrica, encontravam-se situados numa zona exterior os poucos (mas variados e de qualidade) espaços de street food do evento e ainda uma zona de bar e mesas, tudo ao ar livre, assim como um espaçoso bengaleiro.

A dar as boas vindas aos primeiros e mais adiantados visitantes da edição 2021 do Ombra Festival encontrámos Jheal Bashta que, virado de costas para as pessoas presentes, seduzia concentradíssimo enquanto tecia uma performance audiovisual que convidava a sentar em algumas cadeiras que foram colocadas exclusivamente para esta atuação numa sala de acesso entre os dois palcos e a zona exterior. Esta sala foi, posteriormente, utilizada para uma exposição permanente de artes plásticas, fotografia e projeções vídeo. Em alguns espaços do edifício encontravam-se ainda mais algumas instalações artísticas, entre as quais se destacava e atraía mais atenção – especialmente para fotos – uma cruz feita de televisores CRT.

Finalizada essa performance de boas vindas, Mimik ia já aquecendo os decks no palco Operator enquanto os visitantes, de momento ainda a conta-gotas, iam enchendo e explorando vagarosamente o espaço, tirando fotos e formando fila para comprar as fichas para, pensavam muitos deles, o festival todo.

Foi de repente que o Utopia 126 em geral e o palco Ombra, em particular, se encheu (de uma forma que não se voltaria a ver durante algumas horas) para receber o primeiro concerto: os Semiotics Department of Heteronyms, assumida e intencionalmente abreviados SDH – que já tocaram no nosso país em maio de 2019 no festival Monitor em Leiria. Talvez por serem uma banda “da casa” tiveram direito a uma sala muito bem preenchida em que puderam apresentar o fantástico álbum Against Strong Thinking (2020) que fora editado mesmo nos momentos anteriores ao escalar da pandemia, pelo que terá ficado nado-morto no que toca a muito ansiadas apresentações ao vivo. O duo Catalão não desiludiu, com um concerto imponente e dançante que deixaria logo os espetadores em modo antecipação face à qualidade do que viria após uma banda de abertura deste calibre. Os presentes foram ainda recompensados com um novo tema que, anunciaram, “fará parte do próximo EP”.

Dia 1 - Semiotics Department of Heteronyms

Dia 1 – Semiotics Department of Heteronyms

O palco Operator foi ganhando força e acolhendo uma boa percentagem das pessoas presentes que já se dirigiam maioritariamente ao espaço que acolheria os DJs. Kluentah conseguiu absorver uma grande quantidade dos presentes tendo deixado o concerto seguinte do palco principal, entretanto a cargo dos Yugoslavia, com bastante mais espaço. O duo de Murcia, criado em 2020, apresentou-se no Palco Ombra com uma sonoridade post-punk minimalista com uma envolvência e uma qualidade precoce que certamente deixou curiosidade em acompanhar a evolução desta banda no futuro próximo.

O primeiro grande conflito nos horários do cartaz ocorreu às 19h30, o que obrigou os presentes a fazer uma escolha impossível: ver o ascendente duo belga Ultra Sunn ou assistir a Unconscious, o projeto mais recente do experiente produtor milanês Andrea Riberti. Enquanto Ultra Sunn deliciavam com a sua mistura post-punk com um synthpop bem salpicado de samples (atualmente muito populares na cena darkwave da West Coast Americana), Unconscious literalmente colocava em causa a integridade estrutural do edifício com uma performance absolutamente demolidora tendo como arma de destruição os seus sintetizadores e a sua sonoridade própria – uma eletrónica sombria ácida pulsante com elementos da EBM – que culminaria como sendo, em retrospetiva, uma das mais impressionantes atuações de todo o festival e que contribuiu generosamente para a dominância do palco Operator que ainda se manteria durante a maioria do primeiro dia.

A escolha de horários seguinte, entre os Fallbeil e os já muito experientes Brigade Rosse (ambos projetos germânicos) foi bem mais fácil, pois separou o público entre as suas duas praias de maior eleição, ainda que ambas de cariz eletrónico. Os Fallbeil mantinham as pessoas a dançar no palco Operator enquanto que os Brigade Rosse pescaram os fãs de minimal wave de volta para o palco Ombra para ouvir temas dos seus já muitos anos de carreira, muita da mesma talhada de forma anónima e de cara tapada.

No Operator seguiu-se, para fechar esse palco, Fractions. Uma subida alucinante dos BPMs e um aumento de acidez cortante faziam temer que a hegemonia do palco secundário dificilmente seria quebrada mas tal acabou por não impedir uma convergência da maioria das pessoas para o início do concerto de 41º aniversário dos icónicos Absolute Body Control que conseguiram a proeza de colocar todo o – entretanto cheíssimo – espaço do palco Ombra a dançar con gusto, desde a frente da primeira fila até ao fundo perto dos técnicos de som e do centro da sala até às esquinas e junto às paredes, numa celebração simbiótica entre público e a banda, que festejou com um set abrangendo muitos dos temas mais emblemáticos da sua longa carreira.

Dia 1 - Absolute Body Control

Dia 1 – Absolute Body Control

Foi pouco depois das 23h00 que fechou o espaço, encaminhando os (ainda muitos) sedentos de BPMs para o Wolf (que já fora palco da primeira edição do Ombra) a propor DJ sets de Franz Lenaers, B2B Rafa Pastor, Reka e Pablo Bozzi.

Em resumo: Foi um primeiro dia que deixou uma impressão fortíssima, um ambiente amigável e familiar que promoveu muitos reencontros de várias pessoas que se deslocaram de vários pontos de Espanha (e do mundo) e que deixou os presentes de água na boca para os restantes dois, antecipando desde logo uma fasquia altíssima.

O segundo dia, sábado dia 27, que prometia estar lotadíssimo com os bilhetes diários todos vendidos – que levou a uma conversão dos restantes bilhetes de 3 dias em bilhetes diários na véspera – assustava pela ideia da (ainda maior) quantidade de pessoas que estaria no local, mas na prática resultou numa distribuição das pessoas muito mais equilibrada entre os dois palcos, ao contrário do dia anterior, pelo que se revelou tranquilo.

Para este segundo dia de hostilidades foi ao meio-dia que foram abertas as portas do Utopia 126, com Alicia Carrera e Ofra a aquecer os corpos no palco Operator até à hora do primeiro concerto do palco Ombra a cargo do novíssimo projeto Brodmann41 – de dois nomes já com um vastíssimo leque de colaborações e experiência anteriores. Apesar de ainda terem apenas um tema editado numa compilação com selo da M.U.S.A., mostraram o caminho que querem percorrer com uma eletrónica consistente acompanhada de guitarra e voz condimentadas de efeitos e profundidade. O palco Operator cimentava o seu lado (ainda mais) eletrónico com o live do valenciano (radicado em Berlim) 4cantons, que ecleticamente ritmava o espaço com a sua sonoridade abrangente bem consolidada para um público recetivo e (sempre) com vontade de dançar.

Foi no palco Ombra que, na nossa opinião, se revelou uma das mais interessantes surpresas do festival: os finlandeses Aus Tears. O duo, que se intercalava entre as funções de voz e de controlo das máquinas, veio provar em duplicado porque são uma das bandas que têm suscitado mais curiosidade de momento. Num concerto delicioso em que mostraram a sua atitude punk pautada por sintetizadores e caixa de ritmos, concretizaram um concerto que lhes mostrou uma faceta ainda mais interessante que a de estúdio: uma presença brilhante e um pulsar de vida que nos discos se antecipa e se provoca, mas que se concretiza ao vivo com uma convergência notável e contagiante.

Dia 2 - Aus Tears

Dia 2 – Aus Tears

No palco Operator estrelava Julia Bondar, também muito esperada, que se apresentou no seu formato de obscuro techno modular live mas mais distante do que a conhecemos na persona dos seus singles. Numa mudança de papéis dos palcos, no Ombra preparava-se a entrada do primeiro DJ (de três) que o iria pisar todo o evento: Angel Molina colocou os seus 30 anos de experiência ao dispor dos presentes enquanto que no Operator se insistia nos lives com a entrada do canadiano Soft Riot, que se impôs com a música, atitude e divertimento do seu synthpop quase “punkadélico“, sendo posteriormente rendido por Adrien Marth que, na sua performance trouxe uma mescla entre Italo e Electro para finalizar a sequência de performances ao vivo neste palco secundário.

Os pioneiros Clock DVA tomaram conta do palco Ombra e deliciaram os presentes com o seu vastíssimo currículo antes de darem entrada a mais um DJ: o experiente Waje que dividia as tarefas do momento com Pilan no palco Operator, que seguidamente foi encerrado com DJ Web.

Antecipava-se, com tensão, a prestação dos Esplendor Geometrico no palco Ombra. Com mais de 40 anos de carreira e um todo espectro de metamorfoses e influência, um dos mais reputados projetos eletrónicos de Espanha preparou e entregou um espetáculo fortíssimo e exploratório que os coroa – novamente – como sendo da realeza musical do país de nuestros hermanos.

Dia 2 - Esplendor Geométrico

Dia 2 – Esplendor Geométrico

Por fim, e para encerrar as atividades no Utopia 126 por essa noite, subiram ao palco principal os belgas Parade Ground, que deram um concerto que teceu opiniões mistas mas que deliciava pela gritante diferença da dinâmica e energia entre os dois irmãos: um que ocupava o palco e a sala toda com uma presença e energia invejáveis e outro que permanecia quase imóvel todo o concerto cumprindo as suas funções. Um concerto animado e interessante que fechou o segundo dia no espaço principal e preparava o envio dos mais resistentes para a after mais cobiçada num dos espaços mais emblemáticos do lado nocturno da cidade de Barcelona: o Razzmatazz.

Após uma luta nas longas filas de acesso às salas superiores do Razzmatazz (denominadas Lolita e The Loft) onde teria lugar a after, fomos presenteados com um dos mais dinâmicos e energéticos concertos do fim-de-semana: Petra Flurr & 89st – que também já pisaram o palco da Stereogun em Leiria na edição 2018 do Monitor. Mostraram a consolidação dos últimos anos e entregaram uma performance arrebatadora e estonteante no aconchego da sala Lolita, a que se seguiriam sets de SOJ e Nöle. Ao lado, na mais ampla sala The Loft, o set de techno/EBM obscuríssimo de Fase abria espaço para os lives que se seguiriam: December e Broken English Club. Para terminar a afterparty que duraria até às 6 da manhã, David Lost ficaria encarregue de preencher o tempo restante.

Foi no Domingo dia 28, o terceiro e último dia do festival, que se começava a notar o cansaço de algum do público fustigado por um evento que ao longo dos últimos dias ocupara, entre festival e afters, a maior parte das horas do dia dos mais resistentes. Muito do público não chegou logo para a abertura de portas ao meio-dia e deixou Vinilette (no palco Ombra) e Mejle (no palco Operator) a tocar para audiências mais pequenas – mas resilientes e cheias de vontade. Mesmo os Pragma, no primeiro concerto do palco principal, estiveram ainda limitados em termos de público enquanto apresentavam a sua visão que oscilava da musique concrète a uma filigrana de eletrónica cuidada. Apenas em Das Ding no palco secundário se começou a notar alguma afluência de pessoas que rapidamente se contagiaram pela atuação do experiente holandês, encerrada com dois dos temas mais reconhecíveis da sua longa – ainda que discreta – carreira. Proporcionou um dos concertos mais empolgantes e que, logo às 2 da tarde, colocou todos os festivaleiros de bom humor criando o aquecimento ideal para o que viria a ser o resto do dia e da noite.

Às 15h00 foi a vez do terceiro e último DJ a ter a honra de ocupar um slot no palco principal se mostrar: Juanpablo revelou-se um verdadeiro feiticeiro dos decks e veio mostrar o que um verdadeiro DJ é: um artista, um criador, um manipulador exímio de sons e vontades ao gosto da própria técnica e imensa experiência.

No palco Operator, L.F.T. – desta feita em formato live – mantinha o suor e a energia a (es)correr. Seguiu-se o que provavelmente era o (nosso) concerto mais aguardado, os berlinenses NNHMN (leia-se Non-human). Numa simbiose de voz entre o etéreo e o angustiado e de uma electrónica pulsante e confiante temperada de arpégios hipnotizantes, desdobraram-se entre o fumo e as luzes na sua sonoridade que vagueia entre o darkwave, o synth minimalista e elementos techno, encantando os presentes com uma presença imponente e convidando a dançar. O duo alemão tem sido particularmente produtivo durante estes tempos de pandemia e tem desde então explorado e consolidado as sombrias paisagens da sua sonoridade com um álbum, EPs e singles num relativamente curto espaço de tempo.

Dia 3 - NNHMN

Dia 3 – NNHMN

Simultaneamente, no palco Operator, que daí e até ao final do evento se dedicou exclusivamente a DJs, os BPM aceleravam vertiginosamente como que querendo enganar os presentes, incansáveis, de que a festa iria nunca mais terminar, num alinhamento que sequenciou Gamma Intel, Neud Photo e terminou com o último DJ Set do festival, um B2B entre Spoiled Drama e J.C..

As atenções estavam, no entanto, concentradas na sequência de concertos que encerraria o palco principal. Uns muito esperados La Fura Dels Baus proporcionaram um espetáculo – de longe o mais diferente de todo o festival – com elementos quase 3D numa tela de rede entretanto colocada entre o palco e por cima do público e que contrastava com uma segunda projeção por trás dos artistas. Provaram que mais que um projeto são, para muitos dos presentes, um ritual, uma experiência aglomeradora. Entre partes electrónicas e audiovisuais, instrumentos de sopro e guitarras e com muitas vozes cantando repetida e hipnóticamente enquanto os presentes, quase se sentindo no conforto acolhedor de uma lareira caseira, acompanhavam, cantavam e dançavam numa sinergia deliciosa de assistir e participar.

Alinhavam-se os dois últimos concertos, sendo o primeiro com os prolíficos e multifacetados Blind Delon (que já visitaram o nosso país no verão de 2018 num concerto com relativamente pouca adesão) que surpreenderam o público presente com uma energia infindável que os caracteriza (muito em particular) ao vivo. Notou-se uma clara subida nos decibéis em relação à maioria do festival e a guitarra e baixo criavam uma sinergia com os elementos sequenciados e dizimavam os presentes com uma poderosíssima e certamente inolvidável experiência.

Dia 3 - Leroy Se Muert

Dia 3 – Leroy Se Muert

Para finalizar a última noite estavam previstos os holandeses De Ambassade que foram substituídos pelo ainda recente projeto Francês Leroy Se Meurt, banda (para nós) quase desconhecida que agarrou o slot de cabeça de cartaz com unhas e dentes. E se os Blind Delon tinham deixado uma energia na sala que se pensaria ser difícil de ter seguimento, o duo francês surpreendeu com ainda mais com o seu synthpunk (ainda mais) robustecido por elementos de EBM, potência, atitude e uma simbiose com o público absolutamente avassaladora. Pudemos assistir ao primeiro (e único) stage dive do festival, um espítito punk de início ao fim e um término perfeito – e cansativo – para a edição 2021 do Ombra Festival.

Num resumo do festival, sublinhamos uma experiência cuidada e organizada com amor (à música e à camisola) que oferece uma rara oportunidade de ver um leque inusitado de artistas mais sombrios de vários espectros da música electrónica (e não só), numa curadoria cuidada entre nomes emergentes e artistas consagrados e de culto. O muito sui generis Ombra proporcionou um ponto de encontro familiar e acolhedor para uma festa única que marca também uma identidade própria para um festival que já assegurou o seu lugar e o seu nicho. O público presente era muito eclético e com estilos visuais originais, bem marcados e variados, e uma simpatia geral entre as pessoas fica na boa memória de quem esteve presente. Muito regularmente era fácil encontrar e trocar umas palavras – ou umas fotos – com os artistas, que percorriam e também aproveitavam o fabuloso festival. Claramente uma experiência recomendada e – para nós – certamente a repetir e a merecer regressos à capital da Catalunha para mais edições do Ombra Festival.

 

Fotografias: Miguel Silva

Texto: Gonçalo Vasco

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